A vitalidade e a grandeza duma civilização, qualquer que ela seja, medem-se pela sua intolerência. Intolerância ao homicídio, ao roubo, ao incesto, à corrupção, à cobardia, à mentira, à injustiça, etc, etc. Intolerância ainda, e especialmente, à escravatura e colonização por outra cultura. Quando as civilizações começam a ser sobremaneira tolerantes não significa que são mais fulgurantes e avançadas: significa apenas que entraram em declínio e que se aproximam fatalmente da extinção. A intolerância, fundada em leis, mitos, princípios, história comum e tradições, funciona para a civilização como as defesas do organismo para o indivíduo: quanto menos tolerantes forem aos vírus e bactérias infecciosos e quanto menos indulgentes forem para com as tendências venais do próprio, mais saudável será o conjunto. No dia em que as defesas começam a confraternizar com os bacilos, a tratá-los com toda a deferência, a recebê-los em festa, sabemos o que acontece. Ou chegou a velhice, anunciando a morte; ou chegou a doença, anunciando a febre, o delírio, a náusea e o tratamento de urgência. A corrida aos médicos e remédios.
Intolerância não significa repressão. Ao contrário da manhosice freudiana que equipara civilização a repressão, a intolerância, enquanto cimento civilizacional, significa, outrossim, que a civilização é um sistema de continências, de refreamentos espontaneamente cultivados, ou seja, aprendidos, transmitidos e guardados por todos. Civilizado é aquele que honra a civilização a que pertence.
É à medida que decaem, que declinam, que perdem o vigor, que as civilizações se tornam tolerantes e, em simultâneo, repressivas. Perdido o equilíbrio, tornam-se excêntricas e caem no excesso. Aquilo que deixou de ser guardado e cultivado por todos, passa a ser policiado e imposto brutalmente por alguns. O destino último, após rixas, zaragatas e corrupções, será a desagregação.
A civilização grega era intolerante, tal qual a civilização cristã foi intolerante. No entanto, foi no auge da tolerância que Atenas condenou Sócrates à cicuta e a Santa Madre Igreja largou os cães da inquisição. Farmacon, elucidativamente, no grego original, significa "remédio" e "veneno". A corrida ao remédio, no caso das civilizações, é sempre um acto de desespero tardio. E tanto quanto a luta, anuncia o estertor.
tu também deves estar em desespero tardio
ResponderEliminarespero que o Farmacon chegue depressa
A intolerância, fundada em leis, mitos, princípios, história comum e tradições, funciona para a civilização como as defesas do organismo para o indivíduo
ResponderEliminarexacto! É isso mesmo. Só no final é que volta a confusão. A Inquisição não foi a civilização decadente. Nem foi a Santa Madre Igreja que largou os cães à Inquisição, tal como Atenas condenou Sócrates.
Porque, a Santa Madre Igreja não era poder político. E quem a chamou para ela largar os cães às bestas foi este. O Estado, meu caro. O centralismo no início do Estado moderno.
Enquanto a ordem não esteve centralizada não houve Inquisição.
(este aspecto, tal como a outra leitura da Igreja responsável pelo final da erudição da cultura greco latina, é que é mais uma velha tradição das imposturas do legado dos enciclopedistas)
A Côncio é que anda para lá com uma série sobre pornografia e revolta contra a tirania religiosa muito engraçada. Descobriu que a pornografia só existiu no Ocidente moderno e renascentista, como blasfémia. E nunca houve no Oriente totalitário, sem a blasfémia.
ResponderEliminarA toina nunca leu um fabliau. Estive para lhe dedicar aquele do ventríloquo que fazia falar as damas pelas partes baixas.
corrigindo: que fazia falar as partes baixas das donzelas.
ResponderEliminarMas esta história de paralelismo entre decadência civilizacional e uma medida política de defesa do Estado ou de histerismo colectivo em momentos de Reforma, não bate certo.
ResponderEliminarFoi no Renascimento ou no século XVII que a civilização ocidental entrou em decadência?
E estamos a falar de civilização ou de sociedades?
Porque a Inquisição é um fenómeno moderno, lá isso é. Mas é com essa modernidade que a civilização ocidental até teve maior esplendor. Tanto que estava em plena expansão da dita.
quando se esquece o homem fala-se em vida e extinção de civilizações, de sociedades...
ResponderEliminare para quando a preocupação com a vida e extinção dos tamagoshis
Agora que a imagem funciona para os nossos dias, plenamente. Em não havendo leis, mitos, história comum e tradições que sejam factor de pertença e de orgulho, como tu muito bem dizes, no início, o que acontece é a bagunça geral.
ResponderEliminarE isso sim, é o que se está a passar nos nossos dias. Mas os internacionalistas do culto do desenraizamento acham que somos reaccionários ao dizê-lo. A boa ordem e nacionalismo é reaccionária. Porque não é ideológica; não se espalha à escala mundial. E todos os progressismos decadentistas viveram da ambição das engenharias em grande escala.
Só resta que nunca existiu uma civilização à escala mundial. Precisamente porque civilização e sociedade têm lugar e história; não são ar e ideologia que se propaga ou leva na algibeira para qualquer lado.
Substitui a palavra decadência por richas, desacatos, ódios recíprocos a par de "tolerâncias obrigatórias" no meio desses ódios recíprocos e junta-lhe a corrupção como noção de defesa e trato da "polis" no lugar da política e tens o quadro.
ResponderEliminarTenta rebatê-lo. O teu velho ,mito de uma religião ideológica que sirva para a última utopia comunista na terra esbarra sempre aqui.
É que tiras de um lado para fazer entrar no mesmo. O tal milagre da religião redistributiva com delegado político esquerdalho é no que dá. Bem podes votar à conta das promessas que os impostos vão para os pobrezinhos. Porque, muito antes da bicha dos pobrezinhos estão eles e toda a corrupção deles onde esse milagre redistributivo entra primeiro.
Já há quem fale no orgulho europeu. No outro dia falaram-me disso. Perguntei o que era, porque nunca tinha imaginado um orgulho de ser europeu, como orgulho pátrio. Deram-me uma série de informação de burocracia da UE.
ResponderEliminarOk...
As sempiternas relações de força.
ResponderEliminarE anda o cretinóide do "Bambi",aqui ao lado,a brincar às Alianças de Civilizações...
Alguém lhe devia explicar que,nas circunstâncias actuais,diálogo é sinónimo de fraqueza - coisa que os indígenas cá da paróquia sabem por experiência própria.
«Porque, a Santa Madre Igreja não era poder político».
ResponderEliminarUm Igreja que é decretada por um Imperador Romano e passa a religião oficial de Estado, que herda o esqueleto espiritual romano após a queda física do Império, não era poder político?
Essa é peregrina. Pois o problema era e tornou-se precisamente esse: a promiscuidade excessiva com o poder político. A mundanização da igreja. Oscilando entre a tutoria e a instrumentalidade.E nem vou mencionar aquela época em que havia Papa, anti-Papa e pseudo-Papa. Tudo ao mesmo tempo.
«Foi no Renascimento ou no século XVII que a civilização ocidental entrou em decadência?»
E eu, porventura, falei em civilização ocidental? O que é isso de "civilização ocidental"? Soa a oximoro.
isto cada vez parace mais o céu (Timshel) e o inferno (Dragão).
ResponderEliminara zazie está no limbo, que agora com o papa alemão "ressuscitou" do index.
Parece que o Papa Bento XVI, depois de animadas visitas a sinagogas, está a preparar, para a próxima Primavera, um grande encontro, que decorrerá EM ROMA, neste caso com os muçulmanos, a decorrer em Roma.
ResponderEliminarA ordem de trabalhos é...a tolerância, a liberdade religiosa, de consciência e apertos de mão e abraços.
Quanto á decadência do Ocidente, sinceramente, já começo a desconfiar.
É que já se ouve falar de tal coisa, há tanto tempo e, ao mesmo tempo, o mundo não Ocidental é acusado de se estar a «ocidentalizar», bom...pois é.
E, no caso (que me parece improvável) de um qualquer colapso do Ocidente estaríamos perante um situação completamente nova, pois seria a primeira vez que a uma civilização sucederia....o vazio, pois todos os outros «polos» estão já demasiado «impregnados» de Ocidente.
Pois caro Dragão, mas a intolerância também pode ser uma faca de -como dizia o Jaime Pacheco- "uma faca de dois legumes". É um dilema do caraças!
ResponderEliminarNão se tornam também os intolerantes em pessoas intoleráveis? Afinal, como dizes e bem, a natureza humana é filha da puta.
Um @bração do
Zé do Telhado
A mundanização da igreja. Oscilando entre a tutoria e a instrumentalidade
ResponderEliminarExacto. E isto acontece quando? e porquê? quem é que a chama? vários foram os casos em que o Papa até recusou a Inquisição pedida por monarcas.
Corroboraste o que eu disse. Por cá foi bem fácil de se perceber. Não foi a Igreja (vaticano) que mandou a Inquisição. Foi um monarca que a pediu por meio de dominicanos. Dominicanos, uma ordem religiosa, não a Santa Madre Igreja, como rei, sentado no trono, no lugar do D. João III.
E outra coisa: que história é essa da religião que se tornou religião oficial de Estado? Acaso existiu alguam sociedade, nesses tempos em que o Estado fosse multicultural ou laico?
ResponderEliminarE que Estado é que era esse? de onde veio ele?
Olha, por cá, o país, a nacionalidade, aquilo que ainda hoje chamamos Portugal veio directamente de uma série de religiosos que fundaram monsteiros e, em tornos dos quais, se foi criando uma resistência aos mouros. Foi da dona Mumadona e outros no género que se formou Portugal, muito antes do Conde D. Henrique para cá ter vindo.
No século IX já tihas por cá um condado portucalense. A nacionalidade apareceu duzentos anos depois. E o dito Estado foi invenção moderna.
papa finório. O papa acabou com o limbo. Não ressuscitou nada. E eu até escapava porque é mesmo a única coisa que tenho. baptismo
ResponderEliminar":O)))
Onde está "estado" (lapso de hábito) lê Império. Claro que o Império não era laico, mas "pagão". E, um belo dia, por decreto imperial, passou a ser cristão.
ResponderEliminarTornando-se a Igreja, mais tarde, herdeira da sua defunta parte ocidental. Com os méritos e problemas inerentes.
Não é preciso estares sempre armada em bombeira da Igreja porque eu não estou a deitar-lhe fogo. Olha que eu vou buscar o Nietzsche... Ou pior ainda. Adivinha qual?...
:O)
Excelente post, bem complementado pelos comentários da zazie, em grande, como de costume.
ResponderEliminarSobre a Inquisição, não me parece que estejamos perto de poder compreender os seus verdadeiros contornos, por isso sinto-me à vontade para largar uns bitaites como qualquer um.
A minha tese, que sai agora de improviso, é que a Inquisição foi o golpe de génio que criou, na prática, o Estado moderno. A Inquisição não poderia ter sido fruto da Igreja, feita poder político, mesmo com o esqueleto imperial romano. Por si só, entenda-se. Afinal, para quê esperar mil anos para atear as fogeiras? O Estado moderno nunca se teria conseguido impor com a relação existente na sociedade entre o povo e os interpretes da palavra do Senhor, que estabeleciam procedimentos simples e humanos sobre o crime e o castigo. Por isso, houve a necessidade de obrigar a Igreja a deixar de perdoar para passar a castigar, sobretudo. Pior que isso, quem castigava era o Estado mas o odioso ficou, até hoje, sobre a Igreja.
O Estado moderno acabou com o mal que ele próprio tinha criado, ou seja, com os excessos "religiosos". Ficou com os louros que também não lhe eram devidos. Por isso vivemos na era em que César transformou-se em Cristo.
Boa leitura, Mário. Nunca existiu estado pagão versus estado católico. Porque, de facto, a questão não é o Estado e a religião que ele pode ter, sempre foi o Império.
ResponderEliminarE tens razão, Dragão- Império, como antes, quando era "pagão" Do velho César, ao Novo César, ao Czar, ao Keiser, a história é idêntica. Até pode ser história de família, como os Habsburgos que fizeram mais a Reforma que o Lutero, fruto da dita Igreja.
E eu não estou a fazer de bombeira da Igreja mas de leituras históricas.
Porque ha´sempre para aí uma tremenda confusão. A Igreja não se torna Império pelo facto dos monarcas serem católicos, pelo facto do estado ter religião e se subordinar a ela, aos seus ditames, aos seus mandamentos.
Sempre que a religião esteve lá, na própria constituição de país, porque eles começaram muito mais dela do que de outra coisa, serviu de contraponto fora do poder estatal. Serviu para o moralizar, para salvaguardar até as liberdades comunais- as populares.
As coisas mudam de feição quando o poder político cresceu e entrou em Impérios de competição. E mudou, em Roma, quando, pelo seu lado, o poder de Roma também fez o mesmo. Ou seja, quando se separam e disputaram hegemonias territoriais em vez de espirituais.
A propósito de Estado pagão. Ando a rever a série in the footsteps of Alexander the Great, daquele historiador passado- o Michael Wood.
ResponderEliminarÉ incrivel e premonitório de tudo o que se tem passado nestes últimos anos.
A sombra do Alexandre continua presente nos Impérios, rapaz. Com a diferença que já nem têm aquela força de conquista, que é mais destino e arrojo desmedidos que negócio calculado e que só mesmo os magníficos conseguem.
em relação ao teu primeiro comentário a este post, zazie (foi o unico que li, peço desculpa se entretanto já foi corrigido o lapso), acho que percebeste tudo mal. O dragão não falou de "largar os cães à Inquisição", mas sim "largar os cães DA Inquisição". O que, pelo que percebo, deve significar: foi em épocas de maior corrupção, de maior avardajanço social, que se tomaram as mais dramáticas medidas de higienização - a cicuta de sócrates, a inquisição dos hereges. O mais engraçado é que, nos dias de hoje, adorava que a Inquisição de Sócrates - ASAE - se transformasse na sua cicuta.
ResponderEliminar"E, no caso (que me parece improvável) de um qualquer colapso do Ocidente estaríamos perante um situação completamente nova, pois seria a primeira vez que a uma civilização sucederia....o vazio, pois todos os outros «polos» estão já demasiado «impregnados» de Ocidente". -> isto é fantástico, e inteiramente verdade! Ainda hoje estive a pensar nisso: nesta nova geração de escritores, sem religião, sem ideologia política, que não passam fome e nunca foram à guerra, mais para mais numa sociedade previsivelmente mais e mais higienizada por fora mas vazia de conteudos e significados por dentro, é que acho que esse vazio vai ser muito notório. O fim da civilização, curiosamente, renderá o homem em animal: actos reflexos, pavlovianos, trabalhar para comprar, comprar, comprar. Homens-marionetas, não será isso que nos tornaremos quando deixarmos de ter significado, quer em Deus, quer uns nos outros? cadáveres de humanidade plástica, nada mais. E por isso é que as tendências literárias mais recentes apontam muito para a composição estética, e são praticamente vazias de significação. Non-sense poético. Acho isto interessantíssimo, e estou curioso para saber onde nos leva. Se haverá grito de revolta, algum dia, e se ainda é possível, ou se o marasmo nos vai engolir a todos aos poucos. Vamos ver.
ResponderEliminarOutra coisa que também achei fantástica foi a intervenção do Mário: muitissimo bem pensada, essa do Estado ser responsável pelos autos-de-fé e afins. O que também pode permitir tirar algumas inferências: serão todas as perseguições sociais motivadas, primeiramente, pelo estado?
estou aqui a fervilhar, eu.
:)
ó pá, qual é a diferença. Por acaso notei que tinha trocado a partícula mas não altera nada e nada do que eu escrevi é leitura errada do que o Dragão escreveu.
ResponderEliminarSe assim fosse ele já o tinha dito. Que eu não tinha percebido um corno do que ele escreveu porque os cães não eram os outros, era a própria Inquisição
ahahhahahaa
Por acaso a troca que eu fiz até dá uma imagem mais correcta. De facto não foi a Igreja que largou os cães da Inquisição para atearem fogueiras (ela largava-os antes apenas internamente, aos seus).
Foi o poder político que passou a chamá-la para a largar aos "cães hereges" e demais empatas que lhes estragavam as hegemonias nascentes.
Sendo que arrecadavam bem o que estes cães tinham. E mesmo quando por cá apareceu um iluminado que achou por bem acabar com esta barbárie, ainda a usou para a largar a outros cães que também o empatavam- os Távoras, por exemplo.
"trabalhar para comprar, comprar, comprar" -> ah, claro, e quem diz isto, diz foder, foder sem sentido, foder com outra pessoa como quem se serve de um guardanapo invisível - não é isso que se faz hoje em dia?
ResponderEliminarSe pensarmos bem na coisa, é uma espécie de auto-flagelo, este, de retirar todo o significado possível de todos os actos que ainda nos aproximam de seres humanos.
zazie: claro, é muito bem pensado! a instrumentalização da Inquisição pelo Igreja, para fins não-religiosos, sempre foi óbvia, mas só não sei como demorei tanto tempo a fazer a ligação directa ao Estado! Tive aqui uma epifaniazinha, porque essa ideia permite-me pensar uma série de outros assuntos de forma diferente, não se diga que não levo daqui nada!
ResponderEliminarZazie, e aquele tipo do século XII, o Conrado de Mageburgo, ou lá o que era?...
ResponderEliminarE os Cátaros?
Eu disse cães no sentido de cães de guarda. ou cães de fila, como preferirem. Dominicanos, os gajinhos.
Cds,
aquela do "estou aqui a fervilhar,eu.", foi à Céline.
:O)
serão todas as perseguições sociais motivadas, primeiramente, pelo estado?
ResponderEliminarClaro que não foram. A paranóia da caça às bruxas e bruxos, por exemplo, foi tanto popular, como feudal, como religiosa. Todos entraram na espiral. O exemplo do que se tem passado agora em África, com os miúdos bruxos, é capaz de nos dar uma imagem mais próxima do que seria essa paranóia colectiva. Mas, também é verdade, que aconteceu muito mais em lugares onde a Igreja estava mais afastada. Não houve aqui na Península Ibérica, por exemplo.
E depois, também é mais que verdade que uma instituição que tudo fez para resistir à dissolução, pelos próprios, de dentro, tenha criado formas brutais de ortodoxia para o impedir. Como também era estado e poder terreno, a barbárie dos meios justificarem os fins sucedeu.
Mas é bem certo é que nada disto aconteceu pelo motivo a que me opuz, pelo Estado (dos diversos países de todo o ocidente cristão) a terem tornado religião oficial. Disso é que discordei, Porque não foi por existir um Papa sentado ao lado de cada rei ou, muito menos, espalhado em cada capelinha de municípios e comunas livres, que a Santa Madre Igreja lhe deu para corromper o poder político e desatar a churrascar o seu rebanho.
Já te respondi.
ResponderEliminarFazias melhor, de facto, em ler tudo o que eu escrevi em vez de imaginares o que eu não disse.
Mas se queres inventar por mim fica à vontade.
A pequena discordância com o Dragão já é velha e ele sabe bem a que se reporta.
ResponderEliminarÉ a tal história de um mundo pagão erudito que dá o salto para as trevas da Igreja. É uma velha leitura que funciona em termos de filosfia mas não funciona em termos de realidade histórica. Apaga-se sempre uma série de coisas que estiveram pelo meio. E até é bem certo que é uma período ainda hoje desconhecido. Tanto se defende que o Império Romano acabou por decadência como por força bruta de invasão bárbara, estando até bem viçoso.
Não sei. Trevas históricas são bem mais essas. Faltam as fontes.
Ah, nisso, os protestantes ganham de abada: são danados para caçar bruxas!...
ResponderEliminarUps! estás aí Dragão. Pensava que era o cds. Já respondi aos cátaros e a tudo o resto e concordei. A ortodoxia de uma instituição que não quer desaparecer levou a isso e muito mais. Mas não sabemos o que seria a história de um cristianismo sem Roma- apenas em seitas, como esses cátaros e muitos outros que não eram menos fanáticos e passados.
ResponderEliminarTemos hoje em dia muitas seitas com muitos reverendo-coisos para dar uma ideia.
«É a tal história de um mundo pagão erudito que dá o salto para as trevas da Igreja».
ResponderEliminarE a cara senhora sabe bem que não é isto que eu defendo. Seria um bocado estúpido. Pois se ainda há bem pouco disse que a Igreja era a herdeira do Império.
:O)
Os protestantes são danados para caçar bruxas e saber o motivo ajudaria a perceber muita coisa.
ResponderEliminarDe quem é filho o Lutero? será mesmo da Santa Madre Igreja ou do poder político?
Porque, filho de Roma até foi o Erasmo e esse saltou fora quando percebeu que a história não era apenas mais purismo inicial.
E a cara senhora sabe bem que não é isto que eu defendo. Seria um bocado estúpido. Pois se ainda há bem pouco disse que a Igreja era a herdeira do Império.
ResponderEliminarehehe
Pois sei mas, para te dizer a verdade, também nunca percebi o que queres dizer.
":O)))
A herdeiro do Império sempre ficou no Sul.
Não foi a Igreja daqueles doidos todos que se aventuraram pela Europa do Norte a pregar aos pagãos e edificar "beselgas" (basílicas) ou a falar da boa nova de Cristo como um novo Orfeu que apareceu (como dizia S. Martinho de Dume)
O Lutero é um labrego. Mas muito pior que o Lutero é o Calvino e esse, concordo, não nasceu da Igreja: nasceu da grande puta da mãe dele, caralhos o fodam e os meus primos todos das profundezas o guardem pela eternidade abaixo!...
ResponderEliminarE querendo com isto falar de um novo canto suave que amainava e pacificava toda a natureza. Foi esta a mensagem incial- uma religião salvífica mais pacífica que todas as outras concorrentes.
ResponderEliminarA imagem do Orfeu, pastor das almas, a tocar a lira da harmonia cósmica foi a primeira. E isto não é herança de Império de Alexandre.
É verdade, o raio do Calvino.
ResponderEliminar":O)))
LoLoL
ResponderEliminarà Céline? :/
Dion???
:G
Não, L-F. mesmo.
ResponderEliminarhahaha!!
ResponderEliminarnão estava à espera dessa!
:D