segunda-feira, setembro 17, 2007
A Conversa
Acta da conversa entre o Engenheiro Ildefonso Caguinchas e Anacleto Punhetas, sócio e mecenas do primeiro, decorrida numa destas manhãs, na tasca, digo cibertasca, do Armindo Taberneiro.
Eng. Ildefonso Caguinchas (EIC) - Ó Punhetas, a televisão 'tá a dar cabo de ti. Cada vez te vejo mais chupadinho das carochas. Até pareces aqueles chavalos que dão no pó..."
Anacleto Punhetas (AP) (de olhos fixos no ecrã) - Ãh, é o quê, ó Engenheiro?...
EIC -" 'Tou preocupado contigo, ó Punhetas. Não largas essa droga!..."
AP (a babar-se) - "Tu já me viste bem aquela Sónia Araújo? Aquele par de mamas?! , até me apetece uivar! Espera só aí um coche que eu já venho. "
EIC (murmurando com os seus botões) - "Pronto, lá foi o sacana prá casa-de-banho!"
(...)
Três minutos depois...
AP (Regressando do WC, com ar mais aliviado) - "Dizias tu, ó Engenheiro..."
EIC - "Eh pá, dizia que a televisão 'tá a dar cabo de ti. Ainda ficas estrabeculoso. Vai daí, tens que ser internado e depois quem é que me paga o aluguer da Carla, hein, já viste bem o problema?... Andas a brincar com coisas sérias!..."
AP (novamente atracado ao ecrã, após zapar para a TVI) - "Minha nossa senhora!, e aquela chavala que trabalha com o Gouxa também não é nada má. Já me viste bem aquela boquinha? Aquilo deve fazer maravilhas! Até levanta um morto do caixão!... "
EIC - "Oh pá, larga o caixote! Presta atenção no que te digo..."
AP (novamente em êxtase) - "Só de imaginar as habilidades do que aquela língua é capaz!... Ih, e agora até lhe morquei a nalga!... 'Péra aí um bocadinho qu'eu já volto!..."
EIC (exasperado) - Olha...lá desopila de novo aquele filho da puta prá casa de banho!... Foda-se, já não é vício: é tique.
(...)
Passados cinco minutos ...
AP - Pois dizias então tu, ó Engenheiro...
EIC - Digo e não volto a repetir: isso é um suicídio! Vais-te matar a tocar punheta, raio de vertigem!..."
AP (zapando para a RTP) - Minha mãezinha... olha-me só aquela convidada da Sónia, olha-me só aquela tranca! E o pernão...ena, c'um raio, o pernão!...""
EIC (arrancando-lhe o telecomando das mãos) - Dá-me cá essa merda! (Apaga a televisão) Pronto! Agora vais ouvir concentrado duma vez por todas: tens que largar a puta da televisão, ouviste?
AP - Ouvi, porra, atão não ouvi!... 'Tás-me aí aos berros que até se ouve na Picheleira."
EIC - "Pois, ainda bem. Então vê lá se entendes: tens que comer menos puta artificial e mocar mais puta natural, percebes? Resumindo: tens que comer mais puta gaja e menos puta imagem! 'Tás-me a acompanhar?..."
AP - "'Tou-te a acompanhar, mas tenho receio."
EIC - "Tens receio de quê?"
AP - "Tenho receio de te acompanhar às putas gajas."
EIC - "Não tenhas. Elas não te comem. A ideia é que tu as comas a elas."
AP - "Não tenho medo que elas me comam, isso até nem me importo. Tenho medo é que elas se riam?"
EIC - Oh pá, g'anda anjinho: elas riem, choram, cantam, gemem, fazem o que tu quiseres. Desde que pagues..."
AP - "Não é isso, engenheiro: tenho medo que elas se me riam da pila.."
EIC - "Do quê?"
AP - "Da pila."
EIC - "Da pila?!! Que merda vem a ser essa?..."
AP (apontando) - "Aqui, do entrepernas!..."
EIC - "Ah, a piça, o marzápio, o Zé Pincel! Que tem ele? Não me digas que, de tanto pinar o ecrã, apanhaste um tele-escantamento?!..."
AP - "Não. Dá-se o caso é que tenho a pila -a piça, curta."
EIC - "Ora pá, não t'assustes. Antes a piça que a memória, como estes toca-pívias d'agora. Não tem problema. Sei do sítio ideal... A matrona, antigamente, era dona dum circo, uma calmeirona loura que se péla aqui pelo je. Nem é tarde nem é cedo: logo à noite vamos lá."
AP (apreensivo) -" Vamos?... E achas que a calmeirona não desata a rir?..."
EIC - Não, pá. Tranquiliza-te: a calmeirona fodo eu..."
AP - E eu?
EIC - "Então, tu fodes as anãs."
Só deixo um conceito: "geração panasca". Completamente a despropósito, mas sei que há-de aproveitá-la melhor que eu.
ResponderEliminarah!, ah!, ah!
ResponderEliminarANTOLÓGICA!