quarta-feira, setembro 12, 2007

A Alarve milagre

Subestimamos muito as seitas. Menosprezamos todos esses bufarinheiros da fé, almocreves da devoção de esquina e druidas de vão de escada. Depreciamo-los, acreditem, a todos esses possessos assanhados que grunhem receitas e panaceias pelas feiras; que resolvem cancros às três pancadas e descobrem maus olhados pelos cruzamentos. Não damos, definitivamente, o devido valor às suas mézinhas e poções. Aos seus diagnósticos e unguentos. Sim, ninguém duvide, bruxos, adivinhos, pregadores e vendedores da banha da cobra, por incrível que pareça, têm os seus méritos. Donde menos se espera, o milagre desabrocha. Eclode. Sou testemunha e, mais que testemunha, prova dessa faculdade taumatúrgica absolutamente insuspeita. Mas pródiga.
Distinguido, nestes últimos dias, pela pregação frenética, babosa e gafanhotante dum desses símios peregrinos - um tal Caturro, Vidente da Brandoa -, eis que o inesperado -mais: aquilo que já toda uma cultura julgava impossível - irrompe: a minha conversão ao catolicismo. Estupefactos? Não vos estupefareis sozinhos: até o apocalipse estremece e pasma. Aquilo que hordas de padres e um Vaticano completos, santos e ascetas de dois mil anos, não haviam conseguido, ele, abençoadinho, com meia dúzia de ranhosices mal atamancadas, consegue. Consegue e realiza nas calmas, pois, mais que católico, eis-me beato instantâneo e papa-hóstias efervescente. Neste momento, descalço, de bastão e farnel, até já palmilho direito a Fátima, mirando com ar guloso os mosteiros pelo caminho. A Opus Dei, essa, quase aposto, celebra vitória e instaura feriado nacional de Espanha.
Mas não satisfeito com este fulgurante portento, o destemido e proficiente mago alcandora-se a proezas ainda mais trepidantes: eis-me também tradicionalista dos quatro costados e salazarista devoto. Bastaram umas tretas de perlim-pam-pum e um toque de varinha mágica. Nunca esquecendo a aspersão miudinha de gafanhotos da cobra, que mal nos tocam logo nos redimem e transfiguram. Cuspinha-nos e cura-nos, meus irmãos. Remédio santo! Ah, isto já não é apenas milagre: é transmutação inefável, transmigração da estirpe.
Razão têm aqueles que vaticinam: "Deus opera por misteriosos caminhos".
O milagre, porém, nem sempre é suave: às vezes, também é alarve. Javardo até.

13 comentários:

  1. ó dragão

    anda aí um gajo nos comentários do Pedro Arroja que rivaliza com a tua verve (digamos, a bem da verdade, que onde ele é carroceiro tu já és taxista)

    repara-me só nestas pérolas:

    "Olha aqui, Revoltado, filho da puta é a putíssima que o pariu, seu desgraçado, bufão ridículo, imbecil irresponsável, fanático degenerado, napoleão de hospício, vomitador de fezes. Se você está acostumado a defecar as tuas idéias pútridas sobre a reputação das pessoas aí em portugal e nínguém te coloca no teu devido lugar de verme escroto e nojento, é problema das pessoas aí, mas comigo não, seu demente. Você é que está fazendo comigo exatamente aquilo que alega ser o meu comportamento, de forma que quem adota o molde stalinista é você, seu biltre: acuse-os de fazer aquilo que você faz, xingue-os daquilo que você é. Fraude é você, criatura abjeta.
    Eu não "retalhei" os artigo do Olavo porra nenhuma, seu merda, e nem poderia fazê-lo, pois tenho por este filósofo a mais lídima e imensa admiração, filósofo que aliás você nem sequer devia conhecer, até que eu mesmo o divulgasse aqui, DIZENDO O SEU NOME E O NOME DO JORNAL EM QUE ELE ESCREVEU O ARTIGO. O que fiz, e qualquer pessoa com um mínimo de inteligência e boa-fé compreenderá sem esforço, foi trazer para a discussão tratada aqui o trecho do artigo do Olavo que tem a ver com a referida discussão, ou seja, o que eu havia dito acerca da ideologia. Não transcrevi tudo porque entendi, como entendo ainda, que a motivação do Olavo era outra ao escrever.
    Olha, isso que você está fazendo é crime, seu desgraçado, seu doente mental, passível de processo criminal, e se você não estivesse aí em Portugal, com o cú na mão, escondido atrás de um nickname (coisa que eu não faço, e dou a cara a tapa, sem pseudônimos), eu certamente o processaria, seu filho da puta.
    Vou encerrar com a frase preferida do Olavão: vai tomar no cú!!! De novo: vai tomar no cú!"


    este gajo não é como tu: não brinca em serviço

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  2. Olha, o macacão velho anda por aqui

    ahahahahahahha

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  3. Afinal, parece que os portugueses sempre lhes ensinaram alguma coisa de jeito.
    E o gajo deve ser discípulo do capitão Archibald Haddock.

    :O)

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  4. O brasuca disse aquilo tudo ao caturro? :-)
    xii patrão

    Fiel-Al-Mazem

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  5. Finalmente, a consagração: o réptil cá do sítio resolveu dedicar-me uma mensagem, todinha só para mim, toda choramingona mas disfarçada de insulto trocista, que é mesmo este o estilo da besta dragoscópica - um choradinho pegado mas alegadamente divertido porque recoberto em grossas e sebosas camadas de prosa de criançola espertalhaça e rebelde, mas já com laivos de adolescente que um dia quer ser intelectual e que por isso trata desde já de armar em selecto que despreza os «suburbanos», ele está convencido de que isso lhe dá classe, já que não a consegue adquirir doutro modo, à classe. Enfim, as calinadas ortográficas que dá também não ajudam, há que compensá-las com um excesso de prosápia pretensamente aristocrática.

    E é mesmo de queixinhas porquê?

    Porque, em todas aquelas linhas, o réptil só sabe queixar-se por eu lhe aplicar rótulos que ele, coitadinho, nunca quis ter.
    Naturalmente que ele nunca tem a hombridade de vir a terreno mostrar as fuças como elas são por debaixo das escamas do paleio fácil e brejeiro.

    Enfim, não sei para que é tanta choradice. Olha se eu fosse fazer o mesmo quando o labrego quis meter no mesmo saco os Identitários e os europeístas mundialistas...

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  6. Mas, afinal, ó pedaço de asno, estás a barafustar comigo ou com o espelho?
    Clamas por duelo e tocas punheta!...

    Faz lá uma pausa, apenas um intervalozinho, na histeria, se fores capaz, e diz-me só uma coisa, só pra minha informação:
    és democrata ou não?

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  7. Ó meu satirista eunuco, não estejas a fingir que não é contigo, que a cobardia só te faz parecer ainda mais merdoso do que já demonstraste ser.

    Assume, com orgulho se quiseres, a bordoada que em boa hora te caiu no alto dos cornos.

    E sim, sou democrata.

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  8. Ah, cá está ele, o bezerrito . E traz a cereja.
    Democrata hein?... Bem me parecia.

    Portanto, recapitulando: anticatólico, anticolonialista, anti-império, anti-salazarista, anti-expansionista, anti-aristocrata, anti-fascista, (presumo), anti-pretos e mais anti-quê?...

    Já agora, se não te importas, faz a fineza de completar a lista...

    Está a ficar uma salada bonita. O que um gajo aprende na net. Eu nem sabia que existia uma coisa destas.

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  9. Dragão no seu melhor
    É cada caturrada

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  10. E ainda o outro abruptalhado diz que aqui não se aprende nada.

    ":O))))

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  11. Sim, salazarista, arraçado em terceiro grau de beato mas com pretensões agnósticas (quase que aposto, visto que é moda), pretenso aristocrata «do espírito», meio-fascista mas sem coluna vertebral, globalista tuga, colonialista mulateiro, imperialista eunuco, sou realmente democrata.

    Democrata e Nacionalista.

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  12. Não pá, tu és é parvo.
    E extremamente pegadiço à sola do sapato. Pegadiço e peganhento.

    Agora, se tens lá uma irmã boa, que se coma, manda-ma cá. Caso contrário, as tuas mariquices e arrufos de franganote pouco me interessam. Rapazinhos não aprecio. Nem para lhes ir ao cu nem para lhes limpar o rabinho.
    E vê se aprendes que o insulto é uma capacidade que não tens: oriundo dessa tua cloaca, o que quer que seja, será sempre um elogio.

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  13. Se a "moderação de comentários foi activada", então não comento.

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