sábado, agosto 04, 2007

Esta(gna)ção Parvalhona

Quem, como eu, experimenta uma fruição estética com doidos varridos e alucinados militantes, nunca se entedia neste planeta à beira Marte plantado. Como diria o meu estimadíssimo Mencken, os Estados Unidos, então, são um manancial inesgotável. Aquilo esguicha e jorra a todas as horas de palhaços, bobos, mongos e pantomineiros de eleição. Quando, ainda por cima, se tele-reproduzem e ciber-proliferam por esse mundo fora à velocidade da coelhos, só podemos louvar a Deus por tamanho maná em queda livre. Quem aprecie uma boa gargalhada nunca lhes há-de agradecer o bastante.
Pois bem, agora foi um candidato a Candidato à Presidência dos Estados Unidos que alvitrou o "bombardeamento preventivo de Meca como fórmula rainha dissuasora". Temperada Meca com algumas ameixas peregrinas, receita ele e a sua equipa, os Árabes, outros malucos deveras interessantes, perderiam de pronto todas e quaisquer veleidades desestabilizadoras. Bem, nada como experimentar. Depois, logo se vê. Uma bordoada em cheio no vespeiro é remédio santo para anestesiar as vespas. Força, Tancredo!... (Vou ficar a torcer por este gajo.)
Entretanto, na Índia, "prostitutas editam jornal para fazer ouvir a sua voz". Mas não seria mais eficaz organizarem um Festival da Canção? Ou um Parlamento Improvisado? Bem, já vi que o felatio não tem grande procura por aquelas paragens. Bocas ociosas só geram desperdício oral.
Por seu turno, na Rússia, entregam-se ao sexo em massa para combaterem a carência demográfica. Nobre e meritória iniciativa que Lisboa deveria copiar urgentemente. Mas enquanto tal não acontece, aproveitei para enviar um email ao Kremlin, em meu nome e do Engenheiro Ildefonso, a perguntar se aceitam dadores de esperma estrangeiros (não exactamente jovens, mas com muita prática). Pela "Mãe Rússia", pela "Mãe Ucrânia", pela "Mãe Joana", por qualquer mãe, estamos sempre de mangueira pronta. Nesse tipo de causas não há mesmo ninguém mais Internacionalista que nós.
De volta aos Estados Unidos, os noticiários esclarecem-nos que uma "ponte que caíu tinha deficiências". Havia de ter o quê - vertigens?
Por fim, entre nós, àquem fronteiras, o "consumo de tabaco e álcool aumenta entre as mulheres". Será porque o consumo de mulheres baixa entre os homens? Ou será porque as mulheres, aos homens, cada vez preferem mais copiá-los a seduzi-los?
E sabiam que "quase 40% dos idosos já perderam todos os dentes"? É típico do nosso país: perde-se tudo - os dentes, os cabelos, as ilusões, a virgindade, a independência, o juízo, a memória, o norte e até os escrúpulos. Vitalícios, por cá, só mesmo os cornos. São para toda a vida. Mas mesmo que, por milagroso acaso, caducassem, as nossas elites, sobremaneira ciosas das condecorações, corriam ao estrangeiro a implantar novas próteses.
A estação parvinha acabou. Viva a Esta(gna)ção Parvalhona!....

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