«Nunca os portugueses abandonaram tantos animais como este Verão», lamenta-se a fundadora da SOS-Animal. E depois acrescenta: "as pessoas têm de entender que quando se adopta um animal é como se fosse um bébé".
Esta analogia, convenhamos, não é lá muito feliz. É até preocupante. Se coligirmos as notícias constantes de mães que se desembaraçam abruptamente dos bebés respectivos -como aquela, em Linda-a-velha, aqui há tempos, que atirou o nenuco pela varanda, ou esta agora, no Algarve, que foi atirar o recém-nascido ao mar -, facilmente constatamos que os animais, apesar de tudo, ainda auferem de algum cuidado na despedida. Ora, se as pessoas desatam a fazer como a senhora fundadora da SOS-Animal recomenda, ou seja, a tratarem os animais como se bebés fossem, ainda corremos sérios riscos que nos começam a chover cães das varandas, gatos das janelas e sabe-se lá que mais dos terraços. Já não falando nas praias infestadas de carcaças nauseabundas de ex-pets que os caranguejos petiscam. Havia de ser péssimo para o turismo.
animais, bébés, tudo isso chateia
ResponderEliminarvais ver que no futuro podemos atirar borda-fora tudo o que nos chatear
em alguns casos desde que se pague
é a lei da força de regresso e em força (em alguns casos - os tais que "desde que se pague" chama-se a esta lei a lei do mercado)
Mas bem vistas as coisas tudo tem um lado bom: tb se pode fazer isso à sogra!
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