terça-feira, abril 10, 2007
1ªLei da Ratafísica Desantropológica
- Vamos para onde?
- Porra, fazes cada pergunta! Mas o que é que isso interessa?! O importante é irmos cada vez mais depressa.
- Mais depressa para onde?
- E tu a dares-lhe!... Estás a ser falacioso e cabeçudo!...
- Bem, eu reformulo a questão: mais depressa porquê?
- Mais depressa porque vamos atrasados, ó nabo! Não ouves as notícias? Continuamos atrasados como o caraças! É por isso que temos que ir mais depressa: para apanharmos os que vão mais adiantados, os que correm à nossa frente.
- E como é que sabemos que eles vão mais adiantados?
- Mas tu perguntas cada coisa! é mesmo só pra complicar. Então, se nós estamos atrasados é porque alguém vai mais adiantado, não será? Eles estão mais adiantados do que nós porque nós vamos mais atrasados do que eles.
- Está bem. E esses mais adiantados vão para onde?
- Mas tu és um bocadinho estúpido, não és? Pois isso é precisamente o que lhes queremos perguntar, assim que os alcançarmos. Como raio vamos saber antes?!... Compreendes agora a urgência, o frenesim imperioso?... Trata mas é de acelarar as moléculas e deixa-te de metafísicas parvas!
1ª Lei da Ratafísica Desantropológica
- A velocidade é directamente proporcional à desorientação.
Quanto menos sabe para onde vai, o ser desumano, mais depressa corre. Tenta, assim, invariavelmente, compensar o desnorte através da aceleração.
depressa ou devagar, vamos todos dar ao mesmo
ResponderEliminar"A velocidade é directamente proporcional à desorientação" ou "A velocidade é inversamente proporcional à orientação", não é isto o que a 1ª lei da ratafísica desantropológica diz? Apesar de não perceber o verdadeiro sentido do texto (que tem a sua piada, para mais com a bem escolhida fotografia), como é costume da minha parte (sou demasiado ignorante para compreender o nível com que expressa a língua portuguesa, entre outras ignorâncias e incapacidades minhas), acho que estou correcto. Se não, desculpe-me o erro.
ResponderEliminar":O)
ResponderEliminarO horizonte é vermelho!
ResponderEliminare depois caem que nem lemmings
ehehe
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPois claro que é directamente. Aliás, como se explicita logo de seguida. Quem foi a grandessíssima besta que escreveu "inversamente"? :O)
ResponderEliminarPS: É o que dá escrever coisas a corre
ahahahahah
ResponderEliminarExcelente!
ResponderEliminarMuito, muito bom.
ResponderEliminarOlhe,
ResponderEliminartenho dois amigos (bem, um não é só amigo - durmo com ele todos os dias) que não dispensam a leitura diária do dragoscópio. Até aqui tudo bem. O Pior é quando não param de lhe tecer elogios, o que me deixa furibunda e, obviamente, enciumada obrigando-me a vir aqui, de vez em quando, dar uma espreitadela.
Há tempos apeteceu-me comentar o texto dos "bancos", do qual discordei em pequenas nuances. Nada importante, mas o que lá dizia era simplesmente indefensável e absolutamente inexequível. Águas passadas.
Hoje, apetece-me elogiar este raro, insólito para mim, momento de criação legislativa. Apetece-me dizer-lhe que gostei desta sua lei. Gostei da singeleza da mesma, da coerência no conteúdo e da inequívoca e notória necessidade que a gerou (que em nada difere das restantes leis que nos regulam). Ah! e gostei, sobretudo, da utilidade da mesma. Um mimo.
Uma pergunta, se me permite: não estaria interessado em tomar assento na AR e correr aquela cambada que anda lá a “mamar” milhões para fazer o que V. Ex.ª aqui fez, aparentemente sem grande labor.
Razões têm os meus amigos (um nem tanto) para diariamente se passearem por aqui.
A sua (ou será yours?)
M.
Cara M, como já escrevi em tempos neste nefasto local, a minha ideia dum assento na dita Assembleia não é exactamente para poiso do douto corpanzil, mas antes para dar com ele - o assento ou parte dele convenientemente adaptada - nuns quantos toutiços cabeludos que por lá se incrustaram. Em suma, mais que dos meus talentos legislativos, o antro carece -urgentemente, acho - dos meus dotes raquetistas.
ResponderEliminarAceite as minhas homenagens.