Não me parece uma boa ideia. Uma vez imbuídos de ética, os robôs adquirem uma consciência e, seguramente, fazem uma descoberta elementar, bem como assaz inconveniente: a de que os seus criadores não têm ética nenhuma. Daí à tentação, senão mesmo ao imperativo categórico, de exterminá-los será com certeza um pequenino passo. E quem poderá criticá-los?...
Por outro lado, não estou a vislumbrar bem como é que seres que não conhecem, praticam ou sequer desejam qualquer tipo genuíno de ética poderão ensiná-la a robôs. O mais provável será adestrarem-nos numa qualquer anti-ética em tudo semelhante à sua, o que resultará em robôs psicopatas mais ou menos tresloucados prontos para darem cabo de todo e qualquer ser humano obsoleto. Que é como quem diz, não convertido em pura máquina consumidora, obediente, fornicadora e merdificante.
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