sábado, outubro 07, 2006

Uma questão de princípios

«Quando ouvi a valente Natasha Kampush, que sobreviveu a uma adolescência inteira sequestrada num buraco, dizer que a sua experiência teve pelo menos a vantagem de a ter mantido longe dos vícios, impedindo-a de acumular namorados e de começar a fumar, acendi logo um cigarro.»
A feliz autora de tão rutilante prosa e ainda mais facunda lógica é Inês Pedrosa, na sua “coluna-expresso” de hoje; páginas tantas da revista “Única”. Registei com enlevo. Decepcionou-me apenas o facto da moderna Inês não levar as suas convicções às últimas consequências. Acendia logo o cigarro, pois claro, e, com não menos galharda voluntariedade, corria a fazer-se fornicar até à exaustão, num fogoso bacanal, com os primeiros trolhas, taxistas e sopeiras que apanhasse a jeito. Assim é que era. Tudo isto com uma valente bebedeira à mistura, para o esconjuro ser ainda mais perfeito. Nestas alturas, nada de vacilações. Em questões de princípio, de consagração das amplas liberdades, nunca nos devemos inibir. De maneira nenhuma!...

3 comentários:

  1. E assim anda o jornalismo, uma autêntica vara de porcos e putas de opinião (e se necessário não só de opinião) a quem dão a oportunidade de escrever a troco de uma "opinião correcta".

    Do mal o menos, na plenitude da sua "liberdade" ainda vai ter a oportunidade de usar as máquinas de radioterapia, e a possibilidade de comprar quimioterapeuticos na farmácia.

    A parte da fornicação não é viável caro dragão (não que a gaja não quisesse), porque lhe ia custar uma fortuna contratar um conjunto de profis de serviço.

    Porquê? Já viu a "fronha" que esta "chaminé" tem! Agora imagine-se que pedaço de banha é que deve ser! Alguém no seu juizo mental fodia desalmadamente com um monstro destes? Nem os trolhas, pois ainda devem ter (digo eu) alguma dignidade!

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  2. Não estou assim tão optimista no que concerne aos trolhas.
    Muito provavelmente resolviam o problema da "fronha" dum modo expedito: com um saco por ela abaixo.

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  3. Falta-lhe a kipa ou as gajas não usam?

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