Pois, já toda a gente sabe, mas esta é daquelas efemérides que eu não podia deixar passar em claro: Faz hoje 250 anos que nasceu Mozart. Mais que um génio: uma das raras, mas incontestáveis, provas da existência de Deus.
Tenho uma relação especial com o concerto para piano nº 23. Excepto se for tocado pelos dedos marteleiros da Maria João Pires. Alguém devia dizer à senhora que não tem o mínimo jeito -já nem falo em talento -, para Mozart. Que se atire ao Chopin, ao Schubert, ao Conjunto Maria Albertina, mas deixe o Wolfgang em paz.
Quem tiver dúvidas, oiça os concertos para piano tocados pelo Rubinstein, ou até pelo Serkin, e depois compare. É a diferença entre um piano tocado e um piano martelado. As coisas simples são as mais difíceis. E as mais geniais também. A arte não é para tecnocratas -neste caso: teclocratas.
Tenho uma relação especial com o concerto para piano nº 23. Excepto se for tocado pelos dedos marteleiros da Maria João Pires. Alguém devia dizer à senhora que não tem o mínimo jeito -já nem falo em talento -, para Mozart. Que se atire ao Chopin, ao Schubert, ao Conjunto Maria Albertina, mas deixe o Wolfgang em paz.
Quem tiver dúvidas, oiça os concertos para piano tocados pelo Rubinstein, ou até pelo Serkin, e depois compare. É a diferença entre um piano tocado e um piano martelado. As coisas simples são as mais difíceis. E as mais geniais também. A arte não é para tecnocratas -neste caso: teclocratas.
Direi mais: a tal Pires a "pianar" Mozart é um acto de puro terrorismo musical. Destila a emoção de uma máquina de escrever. E reclama colete de forças.
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