quinta-feira, dezembro 15, 2005

Moralidadezinha

Moral liberal:

Só os indivíduos é que têm o direito a assassinar outros indivíduos; o Estado não tem. Mesmo em se tratando dum Estado benigno, como o Americano, devia abster-se dessa prepotência e contentar-se em matar indivíduos de outras nacionalidades, por via do nobre acto de lhes impor o liberalismo.

Ou melhor dizendo: o Estado benigno (entenda-se anglófono e ao serviço de grandes empórios privados), pode assassinar quantos indivíduos as suas dignas conveniências estipulem, desde que não faça preceder tal execução de um qualquer tribunal prévio. Quer dizer, pode e deve matar em nome da civilização liberal, mas não da justiça. Até porque, como está bem de ver, são conceitos absolutamente antagónicos.

5 comentários:

  1. Mas o que é o Estado senão uma agremiação de indivíduos?
    Serão xupetas? Bisontes? Begónias?

    Não.
    São, tão só, indivíduos.

    Sim, o Estado não é nenhuma entidade alienígena composta por seres inerráveis e superiores.
    Bem pelo contrário.

    Como as pessoas (coitadinhas) continuam na estulta e eintrépida atitude de prostrar perante o Estado (ou seja, perante o vizinho do 2ª esq que é inspector das finanças ou a filha do barbeiro que é da polícia, etc, etc...) e continuam a olhar para ele reverencialmente, numa atitude deveras pacóvia e, para cúmulo, a querer entupi-lo de poderes (a filha do barbeiro e o vizinho do 2ªesq agradecem) será melhor não dar ao Estado esse derrqadeiro e altaneiro poder de dispor da vida dos cidadãos.
    Caso contrário, acontece como nos EUA, em que já foi comprovada a execução de dezenas de inocentes, num enxovalho judicial tremendo.
    Bas ta ver as 'boas companhias' dos EUA em relação à pena de morte para ficarmos esclarecidos: China....Coreia do Norte...Cuba....Uzbequistão.....

    Além disso, as 'vingançazinhas' e o 'lixar o parceiro' (literalmente) ficam bem mais facilitadas nos Estados com pena de morte.


    ps: ninguem está a impor o Liberalismo a ninguem pois, o Liberalismo (o Liberalismo prórpiamente dito, não as suas adulterações e estropiações) não vigora em nenhum Estado...nem nos EUA.Mas é que nem de perto, nem de longe.

    Estas teses fazem-me lembrar os artolas que insistem em dizer que o famigerado fascismo era de Direita.
    Se o Fascismo era de Direita, eu sou o Papa.

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  2. Não será por mim, caro Nelson, porém suspeito que é melhor ir-se habituando ao tratamento «Vossa Santidade»...

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  3. ahahahahahah eu já estava à espera que essa saísse mais cedo ou mais tarde, a surpresa foi ter vindo do Paulo
    ":O)))))

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  4. Ninguém pode assassinar ninguém. O Estado muito menos. O direito de vingança pode ser compreensível. Mas isso justificaria o terrorismo, uma vez que é a única forma que o indivíduo têm para se vingar do Estado. Se o Estado mata alguém da minha família por efeitos colaterais, então eu terei o direito de pôr bombas em todas as instituições do Estado e matar todos os que com o Estado colaboram!!!???...
    Condenar à morte alguém que nasceu sem ser por sua culpa, num dos morros brasileiros e obrigado a conviver naquele meio, sem nunca ter a noção do que é bem ou mal, será justiça??? E um presidente nascido com o cu virado para Lua pode do seu gabinete luxuoso decidir quais as crianças que podem ou não podem morrer por efeitos colaterais, é justiça?

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  5. aproveito para acrescentar que também sou absolutamente contra a pena de morte. Só nos faltava agora termos mais esse espectáculo em directo pela tv à hora do jantar

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