«O cannon episcopi, que representou a posição oficial da Igreja até ao século XIII, sustentava que os actos das bruxas eram ilusões ou fantasias suscitadas durante os sonhos. Consequentemente, a crença na realidade da bruxaria era pagã e herética.
Posteriormente, a Igreja adoptou uma atitude diametralmente oposta, segundo a qual a bruxaria era uma religião real que tinha por deus o diabo. Por intermédio deste, as bruxas podiam efectivamente executar todos o tipos de magia que lhes eram atribuídos, incluindo voar pelos ares e transformar-se em animais. Desde então, o não acreditar na realidade da bruxaria e em toda a sua magia converteu-se em heresia.»
- Frank Donovan, “Never on a Broomstick”
Não deixa de ser curiosa a reviravolta: primeiro as bruxas não voavam; depois, a própria Igreja já fazia um looping com elas.
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Adenda:
Adenda:
«No princípio do século XI é recolhido e comentado [o chamado Cannon Episcopi] nas suas Decretaeles por Burchard, bispo de Worms de 1006 a 1008, ou 1025, data da sua morte. Com efeito, vários cânones, que tratam das sanções, declaram que todo aquele que acreditar nos voos das bruxas deve fazer penitência durante dois anos e, fiéis nisso a Santo Agostinho, esclarecem que a multidão que der fé a estas cavalgadas nocturnas recai no paganismo, visto tomar por reais as ilusões e os sortilégios diabólicos.
(...)
O século XIII é, sob muitos pontos de vista, de uma excepcional importância na transformação espiritual da Europa. E é-o especialmente no que toca à magia e à bruxaria porque põe fim à situação ambígua, que durava desde o fim do mundo clássico, no que respeita à autenticidade dos actos atribuídos às bruxas e de que muitos, embora de origem diabólica, eram tidos como puramente ilusórios. (...)
E formou-se rapidamente um corpo de doutrina teológica onde a velha bruxa já não aparece como um ser possuído por fantasias e ilusões perversas, ou como a adepta dos velhos cultos idolátricos, mas simplesmente como a serva do Demónio, um Demónio fisicamente semelhante ao das assembleias mais ou menos lendárias, como a de Teófilo, ou mais reais como a de Stedinger.»
- Julio Caro Baroja, "As Bruxas e o seu Mundo"
(Portanto, cara Zazie, o Baroja confirma o Donovan. Optei por postar o Donovan por uma questão de síntese. )
Isto na prática é muito mais complexo. E o maior erro é querer interpretar-se o passado com a mentalidade dos nossos dias.
ResponderEliminarAconselhava-te a ler o Malleus Maleficarum e alguns estudos sobre o assunto.
Para já é necessarío estar a par das heresias e cultos pagãos nessa altura.
Podes espreitar este aqui:
http://www.sacred-texts.com/pag/wcwe/wcwe00.htm
Por acaso também andava a pensar em fazer um post sobre judeus na Idade Média e era capaz de parecer tão politicamente incorrecto que até optei por deixar de parte.
É que havia de facto muito ritual e quem confessava e acreditava numa série de poderes eram também os próprios.
agora o que é simplismo é imaginar-se uma Igreja perfeitamente consciente da impossibilidade de magia e incarnações demoníacas e a fazer fogueiras por puro maquialvelismo.
ResponderEliminarTal como é impensável imaginar-se que não havia quem acreditasse ter esses poderes e pacto com o demónio e praticar toda uma série de rituais que chegavam a incluir sacrifícios humanos.
Meu caro, até antropofagia havia, quanto mais bruxas ":O)))
Só um aparte: eu já tinha lido umas coisas do Frank Donovan e enquanto divulgação de fontes tem interesse. Já a perspectiva é demasiado engagée para o meu gosto. Ele pura e simplesmente está interessado em fazer uma fogueira à Igreja Católica e para isso vale tudo. Dar demasiada importância a concílios, tirar ilações que não houve escritos pagãos a comprovarem as ditas teorias (o que é abusivo porque ele não sabe e até se sabe que chegaram textos em período de plena Reforma) e ainda por cima parte do dogma que isto só podia ter acontecido com o Catolicismo e nunca com o Judaísmo que desconhecia a figura do Demónio. Esta é mais uma afirmação gratuita porque se fica pelos textos sagrados e se esquece da prática. Bastava pegar-se em relatos de práticas de missas ás avessas e rituais satíricos de sabbats feitos por judeus na Idade Média para se ter outra visão. As coisas popularizaram-se e houve muito mais entrosamentos que purezas textuais.
ResponderEliminarjá agora: o gajo é judeu?
ResponderEliminarehehehe
e aconselhava-te a ler este:
ResponderEliminarCARO BAROJA, J: ”Las brujas y su mundo”, 1961. Alianza Editorial. Barcelona.
já agora, espreita também este:
ResponderEliminarCarlo Ginzburg. Ecstasies: Deciphering the Witches' Sabbath.
Ele tem a vantagem de publicar textos e permitir que se faça uma leitura dos mesmos.
No caso do Queijo e os Vermes, por exemplo, é muito mais importante isso do que seguir a "opinião" ou interpretação do historiador.
E não se chegam aquelas visões da criação do mundo por mera via popular! esse é que é o grande engano. Havia grande mistura entre cultura erudita e popular e se muitos textos se perderam não significa que não tenham existido.
A visão do Donovam é que é demasiado simplista: havia bruxaria nocturna porque o povo precisava de se divertir e a igreja estava demasiado afastada dele e era demasiado séria.
Tretas!
Teoricamente esta história dos incubos e sucubos ainda vai continuar a levantar questões teóricas muito curiosas. O Malleus refere algumas:
ResponderEliminarhttp://www.sacred-texts.com/pag/mm/mm02a04a.htm
O que faltava era pegar na tradição da física mais ou menos pagã como o caso do Giambattista della Porta, do Giordano Bruno, do Licetus e muitos outros e ver de que modo contribuíram para a materialização e viabilização racional do que antes era do domínio das visões (como na Hildegarda de Bingen)
Nada disto existe.
ResponderEliminarZazie,
ResponderEliminar1. O postal não é especificamente sobre a "Caça às Bruxas".
2. Versa, isso sim, sobre uma mudança de 360 graus numa determinada doutrina.
3. Da tua tresleitura do mesmo, retiro, não obstante, uma ideia interessante: há um preconceito e uma má fé na cultura anglo-saxónica contra aquilo que eles chamam o "papismo". É isso? Olha que interessante. Se não me dissesses, eu não adivinhava.
4. Intriga-me porque é que tu, automaticamente pelos vistos, inferes que eu não li o Baroja e o Malleus (podia citar-te muitos outros). O Malleus, por exemplo, até, se não me falha a memória, postei algum trecho, aí, atrasmente.
5. Sobre a ausência de demonologia no Judaísmo, deve ser para rir. Penso que até o Norman Cohn, -judeu, presumo - explica isso com alguma generosidade no "Europe's Inner Demons". Claro que depois aproveita para "denunciar" as tropelias da Inquisição e dos gentios em geral sobre o Povo Eleito e Vítima por excelência. Mas, enfim, damos-lhe o desconto.
6. Ninguém anda aqui a atacar a Igreja Católica, ou a denegri-la por militãncia. Ela basta-se a si própria nessa matéria. Mas também aqui ninguém tem especial interesse em usar de especiais indulgências para com essa instituição. A Igreja é o que é. E, pelo menos no meu estulto entender, não é uma Vaca Sagrada. A não ser que o Bezerro de Ouro tenha atingido a idade adulta e não passasse afinal de uma vitela.
"A não ser que o Bezerro de Ouro tenha atingido a idade adulta e não passasse afinal de uma vitela."
ResponderEliminar:loooool:
mais outra para o almanaque
é por estas e por outras que este dragão é viciante :)
ok, foi estupidez minha mas nem pensei ou deixei de pensar que não conhecias o Malleus. Citei-o, o que é diferente.
ResponderEliminarQuanto à mudança se calhar foi mesmo a 360 graus e ficou onde estava porque a 180 é que não foi. E era sobre isso a minha crítica ao Dorovan. Ele é que dá uma ideia demasiado metida a martelo do que foi a caça às bruxas e da tal mudança apenas com base nos textos conciliares.
Era isto que queria dizer.
E não foi por nenhum factor religioso ao contrário do que possas pensar.
Se reparares eu post mais coisas pagãos que religiosas e não tenho o menor servilismo por qualquer doutrina, muito menos por doutrinas de fé.
Foi apenas um reflexo condicionado dessa mania que dá por nome de rigor histórico.
O que nunca me passa pela cabeça é usar a história para ilibar ou justificar antipatias. Eu só falo de coisas que me entusiasmam muito e sem juízos de valor sobre o passado. Se quero bater na Igreja tenho exemplos actuais, se quero bater em ateus bastava-me ir ali ao lado aos mongos do Diário
«A não ser que o Bezerro de Ouro tenha atingido a idade adulta e não passasse afinal de uma vitela.»
":O))
A Zazie viu a questão em substância.
ResponderEliminarTresleu e foi além: Grande Zazie :))
O Malleus é de facto um clássico:
http://www.malleusmaleficarum.org/
Já ontem tinha pensado publicar algo sobre isso e respectiva extrapolação; lá iremos. Hei-de colocar "uns cromos" medievos!
Já os Mongos são iguais àqueles que "intendem combater"!
eu sei que é cretino aconselhar a ler coisas que os outros conhecem. Mas não era essa a intenção, eu até detesto esnobar. Estava a pensar alto e a lembrar-me que este Donovan não é lá muito sério como historiador.
ResponderEliminarFoi só isto.
E depois, se calhar até andava com a cabeça noutras coisas que são de facto usos ideológicos da profissão, coisa que sempre me fez uma grande confusão.
O Dragão não tem nada a ver com o facto. Estava mesmo a pensar noutras coisas que por acaso também aparecem na blogosfera e tinha tido a conversa com pessoas amigas.
mp,
ResponderEliminaro problema é que não são apenas esses os mongos. E quando dás com mongos de cátedra a fazer ainda pior em nome de coisas mais sérias...
É verdade Zazie, há muitas estirpes, e tudo feito com 'muita subtileza'.
ResponderEliminar«Estava mesmo a pensar noutras coisas que por acaso também aparecem na blogosfera e tinha tido a conversa com pessoas amigas."
ResponderEliminarFoi exactamente isso que me pareceu. Como eu sempre digo e pratico: os amigos são para as ocasiões. Nem que seja para apanhar por ricochete, eh-eh!...
Quanto aos "Mongos", estamos cercados deles por todos os lados. Das ciências humanas às naturais. Estão, todas elas, infestadas de moços de frete, esbirros e torcionários de inúmera espécie. A cultura anglo-saxónica, então, é uma verdadeira cloaca efervescente. Em matéria histórica: umas verdadeiras máquinas de lavar, umas caldeiras de tinturaria a todo o vapor. Da judiaria, nem falo.
O investigador sério,nestes nossos dias, imita o soldado que salta de pára-quedas num campo minado. tem que agradecer a Deus dois acontecimentos providenciais: 1. O pára-quedas ter aberto; 2. Não ter aterrado em cima de nenhuma espoleta.
Dragão, ainda no outro dia te citava o Burchard, bispo de Worms a propósito da tal “dessacralização da natureza" para dizer isto mesmo. Foram proibições de tradições pagãs que sempre existiram e que vão continuar a existir. Segues-lhe o rasto e ainda dás com muitas delas em pleno século XV ou mesmo XVI.
ResponderEliminarQuanto às bruxas passarem a ser mais que meras possessas não prova que não tenha havido crença idêntica na possibilidade do demónio ganhar corpo. A questão teórica era mais complicada porque implicava admitir-se na possibilidade de haver descendência física de relações monstruosas. E aí sim, sempre houve grandes debates e contradições dentro da própria Igreja. Com Santo Agostinho por exemplo. Porque o mesmo Santo Agostinho também sempre se viu às aranhas para justificar as crenças nas raças demoníacas ou nos nascimentos de seres que saíam da ordem. E não me recordo de alguma vez a Igreja ter opinião definitiva sobre o assunto e muito menos de negar a existência de práticas mágicas, a existência de monstros ou a realidade física do demónio e sua possibilidade de encarnar nos seres humanos.
Se assim fosse nem o demónio teria figura real e sempre a teve. E em pleno século X até aparecia aos monges que dormiam até tarde e abanava-lhes a cama “:O)))
O que aqui se diz é apenas a constatação da existência, também ela muito real, de heresias e práticas de cultos ao diabo que até chegavam a ter participação do próprio clero.
Agora querer encontrar uma única doutrina emanada lá do alto da cátedra de S. Pedro e transformada em lei para justificar a realidade é que é total fantasia. Por isso eles têm de recorrer aos éditos e às determinações dos concílios. E esses do Buchardo de Worms até são uma delícia. Só servem para se entender que por essa altura a natureza era adorada, que o povo continuava bem pagão e que a Igreja ia fechando os olhos. As determinações não visavam as práticas mas os próprios membros da igreja que até participavam na coisa...
Quem foi ganhando cada vez forma mais humana e passou de figura monstruosa a grande sedutor foi o Diabo.
E isso sim, é que pode ser matéria para reflexão. A partir daí é óbvio que quem faz práticas em grupo e muitas delas até entre nobres é uma ameaça para a ortodoxia. O que eram essas práticas e essas assembleias antes das heresias e em que se tornaram depois é que também é questão para se perceber.
Porque não houve caça às bruxas apenas porque havia misoginia pois isso nunca foi novidade.
era eu, fiquei anónima ":O)))
ResponderEliminar«Foi exactamente isso que me pareceu. Como eu sempre digo e pratico: os amigos são para as ocasiões. Nem que seja para apanhar por ricochete, eh-eh!...»
ResponderEliminarfoi um bocado anormal e é bem capaz de ter dado essa ideia com a treta das recomendações mas não era nada disso. Eu não estava minimamente a defender a Igreja. Se queres que te diga isso é que me irrita profundamente. É que se há coisa com que embirro é usar-se a história para justificar a política do governo e dar-se em historiador do regime, ou usar-se a história para se ajustar contas com as nossas paranóias.
Porque se há coisas óbvias são essas. a caça às bruxas foi uma anormalidade, a Inqusição foi uma anormalidade. So what? eu gosto de bruxas e da lenda das bruxas e não me tenho ataques de pena por coisas tão longe no tempo.
É só isto. Primeiro até me lembrava logo da história do cálice sagrado dos Monty Python ":O)))
Apenas me lembrei que sobre bruxas há melhores estudos do que esse que tem uma intenção demasiado óbvia e dá leituras bastante deformadas.
Foi só isto. E os concílios e determinações dos Concílios valem o que valem. Agora como é que o demónio passou de visão aterradora a grande sedutor é uma história muito mais interessante. inclusive nos testemunhos gráficos
Quanto a bruxas a voar na vassoura só conheço um manuscrito alemão já do século XIV. Por acaso até nem são chamadas de bruxas mas de demónios da Via Láctea que vêm roubar o leite para os tais sabbats demoníacos. Ou seja- não são mulheres de carne e osso a entregarem-se a práticas com o demónio mas demónios que encarnaram nelas.
Se alguém conhecer imagens mais antigas que diga pois até gostava de ver.
Só uma nota: os decreto do Buchard de Worms acontecem em pleno momento de cristianização da Europa. Não imagino que fosse possível à igreja impor-se sem minimizar do efeito desses cultos e de todas essas crendices. E mesmo assim tiveram de aceitar que fizessem com os seus santos o mesmo que faziam com a magia: até lhes batiam ou afogavam se não cumpriam as promessas que lhes faziam...
ResponderEliminarAgora quando estás numa época em que a ameaça herética até pode ser teórica e com maior pureza de fundamentos que a prática corrente, acredito que a luta de poderes seja muito maior. Quanto às participações religiosas nos tais cultos ao demónio bastava pegar no Goya e ver como ainda nessa época e até em peças de teatro a mistura era enorme.
O que o Baroja diz é isso mesmo. Havia assembleias lendárias e outras nem tanto. Não foi a Igreja que mudou e entronizou a bruxa na vassoura quando antes achava que eram achaques histéricos. Foram os tempos que mudaram.
correcção: não foi apenas a igreja que mudou.
ResponderEliminarMas não é suposto a Igreja representar o Divino, ou seja, o supramundano?...
ResponderEliminarDito assim, parece que em vez de guiar o mundo, a Igreja passa o tempo a correr atrás dele - a correr atrás do prejuízo...
Caríssimo Dragão,
ResponderEliminarA Igreja anda, de facto, a correr contra o Espírito.
E, nem pouco mais ou menos a guiar o mundo (felizmente.).
Já em relação às designadas "bruxas", esse sórdido epíteto revela sobremaneira o preconceito existente na Idade Média contra aqueles que respeitavam a Natureza.
Tenho para mim que a maior parte das pestilências então ocorridas deveram-se às práticas levadas a cabo pela "santíssima estrutura de caçação" às ditas, aos gatos e demais contribuintes para uma vida qualitativa.
Um "bando de sychos".
pois e se calhar também o fez. E muitos dos que representavam o supramundano deram em santos e outros, outros em hereges e outros em Inquisidores. Olha, o pior deles todos também acabou na fogueira.
ResponderEliminarQuanto ao resto eu gosto da mensagem bíblica. E basta-em isso. Mal de mim se tivesse de fazer uma história de todas as mensagens que me agradam à procura de uma em estado puro. Tinha de ir para outro planeta.
Depois, caso ainda não saibas, eu não tenho qualquer formação católica
Fui baptizada e mais nada. Só fui um dia à catequese porque, como sou canhota, benzi-me com a mão esquerda e a tipa ficou histérica. É claro que cheguei a casa e disse que não punha lá mais os pés.
Por isso meu caro, não acredites em boatos blogosféricos que me transformaram na beata virtual só poque gosto muito de igrejinhas e de todo o património e não tenho a menor pachorra para jacobinismos militantes.
E tu estás fora disto, rapaz! e não te queria chatear com a treta das recomendações. Foi tosquice porque o Donovan não me convence, mais nada.
mp,
ResponderEliminaruma nota. as grandes perseguições às bruxas são feitas no século XVI e XVII. Não foram naquilo que se usa chamar Idade Média.
Era bom ter isso em conta.
A Idade Média tem sempre as costas quentes para tudo...
incluindo para Inquisições modernas e renascentistas...
e claro que a Igreja é muita coisa e o problema é que se mistura tudo e se lhe dá um só nome.
ResponderEliminarÈ e foi muita coisa e acima de tudo foi Poder. É bom nunca esquecer este pequenino detalhe que não vem nas parábolas de Cristo.
E querer Poder, talvez o mais poderoso de todos, puro, apenas preocupadinho com as alminhas é coisa em que nem anjinho acredita. Até eles têm hieraquias ":O))))
Zazie,
ResponderEliminarEssa "confusão" resulta de ter como Idade Média todo um período negro na história da humanidade, acaba tudo no 'caldeirão' da Idade Média.
Mas, essa é uma nota pertinente e devidamente registada :)
mp,
ResponderEliminarvai mas é votar no gajo feio com pinta, sff que estou com falta de quorum feminino ":O))))
beijocas
Zazie,
ResponderEliminarQuem é o "gajo feio com pinta"?
Beijocas
Caríssima MP,
ResponderEliminarEu não iria tão longe. Prefiro acreditar que há uma luta pelo Espírito e a Igreja não está excluída. Também nela há, e provavelmente sempre houve, quem lutasse por Ele.
Existe de facto um mito da "Idade das Trevas" que é uma aberração. Na Idade das Trevas, como ouvi em certa ocasião dizer ao Mestre Agostinho da Silva, no que concordo a 100%, estamos a entrar agora.
A "caça às Bruxas" constituiu-se como paradigma, mas paradigma, penso eu, não exclusivo da Igreja. Já dissertei sobre isso aqui neste blogue e vou repor o postal, pois talvez tenha interesse.
Curvo-me em homenagem a Vossa Graça e passo a dirigir-me agora à minha amiga Calamity Zazie...
Rapariga, já estou arrependido de ter postado o Donovan. Juro que não volta a acontecer. Está bem assim?... :O)
Até já repostei com o Delumeau, para ver se te quadra melhor... .O)
fónix, agora ficámos os dois patetas cheios de arrpependimentos. Onde é que já se viu uma coisa destas: um Dragão e uma Calamity todos embaraçados com melindres recíprocos ehehe
ResponderEliminartoma lá uma beijoca e esquece aquela de mandar ler que foi coisa totalmente anormal. Fizeste bem em pôr-me logo na ordem que se o não fizesses é que achava a coisa um tanto frouxa
":O)))))
Caro Dragão,
ResponderEliminarNão digo, nem direi que foi exclusivo da Igreja Católica. Mas, que teve a sua largíssima quota parte.
A "Idade das Trevas", epíteto de uma 'época negra', teve e tem, a meu ver, relação com os "crimes" praticados contra o Espírito, por quem se arroga representar "directamente" Deus perante os Homens.
No passado teve o seu apogeu na "caça às bruxas".
Hoje, "Idade do Ferro" é em tudo muitíssimo mais subtil.
Consumo imediato, superficial e insubstancial.
Agostinho da Silva, esse vulto.