segunda-feira, setembro 12, 2005

A esta pérola não resisto...

Num dos blogues reis do anglo-stalinismo cá do sítio, o João Miranda, na prossecução da sua alucinante saga humorística, sai-se com a seguinte pérola:

Lições do Katrina
«O estado mais poderoso e com o maior orçamento do mundo é o paradigma do estado mínimo.»


Como devem reparar, trata-se dum incrível lapso. Tendo em atenção que o título do post é "Lições do Katrina", o que o nosso João pretendia ter escrito era:
«O estado mais poderoso e com maior orçamento do mudo é o paradigma do estado de sítio. Ou de emergência, no mínimo.»

É claro que estou a brincar. Até porque a segunda versão faz algum sentido e tem algumas semelhanças difusas com a realidade, o que desde logo impossibilitaria que tivesse sido escrito, ou sequer pensado, pelo turbo-blogger em questão.

8 comentários:

  1. Pá, o João Miranda que conheci no outro dia num café no Porto, num célebre encontro do Blasfémias, é um cómico, às vezes.
    Diverte.
    Aqui atrasado, escrevi num comentário( o Blasfémias é um dos sítios mais divertidos para comentar e digo-o a sério), que deveria existir uma ética de responsabilidade colectiva, a propósito da demissão de ministros sempre que se verificam tragédias e desastres que envolvam responsabilidades difusas dos poderes públicos.
    Pediu-me no comentário para explicar melhoe e eu fi-lo, para o contrariar e por achar que não tinha razão e que os argumentos que usara eram falaciosos e sem base de sustentação. Esses argumentos, em sínteses, remetiam para a responsabilidade individual, estritamente pessoal dos desgraçados, pelas catástrofes naturais em resultado de negligências próprias. Uma enormidade que acho que o pobre João Miranda nem se dá conta, pois acho que nem pensou no que escreveu.
    Em resumo: nem me respondeu!

    É por isso que continuo a achar divertido comentar por lá: por muito que se possa dizer, há sempre aquele ar de diletância visível e patente e que passa de uns assuntos para os outros, com a leveza do colibri liberal.
    Uma cegarrega, como escrevestes. Mas divertida, porque ajuda a perceber como estes liberais nunca irão a lado algum que se possa praticar.

    Mas está a fazer alguma escola no passeio da fama. Espera só pela volta...assim que se perceber que é mais um diletante, caiem-lhe em cima.

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  2. pois é.. já tinha pensado nisso. Eu vendo-me sempre por uma boa piada e gosto de lugares educados onde se pode trocar ideias sem nos cair em cima a tribo toda. E sempre achei piada ao esquema mental do JM. Mas há quem leve demasiado a sério tudo o que cheira a política e imagine logo um comité central (no mínimo) ou uma promessa de futuros líderes cá para a santa terrinha. E aí sim, o corredor da fama é muito perigoso. Rapidamente se passa da adulação ao oposto.

    Olhem o que sucedeu ao Daniel Oliveira... até os pares lhe fizeram a cama ":O))

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  3. Estado minimo para despesas sociais.

    Estado maximo para despesas militares.

    Foi o que eu deixei escrito la' na barraquinha do Miranda.

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  4. "Anonymous " o tanas! Enganei-me: sou o MP-S.

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  5. Portugal é um País de homens pequeninos (muito)onde um homem médio parece Grande. Por isso com medo e inveja (muita) os pequeninos (e mediôcres)fazem-lhes a cama ( matilha de cães ).

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  6. Caro anónimo:

    Homens grandes, assim, só conheci um: era de Moçambique e chegou a ser apresentado em feiras e circos, para todos verem quâo grande que ele era! Para contrastar, punham-no ao pé de um anãozinho e ficava giro, na televisão a preto e branco dos anos setenta.

    Homens grandes, também os há, definidos no Evangelho e são assim considerados:
    Quem for pequeno será exaltado; quem for grande será humilhado!
    Estranho, não?!

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  7. Nos anos setenta? Era algum retornado, esse tal homem grande de Moçambique? Anos cinquenta, isso sim, foi quando andaram a passear pelas feiras o "Gigante de Moçambique". Uma vergonha humilhante para todos: para ele, desgraçado, para quem o explorava, para todos os que pagavam bilhete para vêr, para quem deixava que esses "espectáculos" existissem.

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  8. Foi quando vi- nos setenta. Se viu antes, parabéns.
    E de facto, era degradante.
    Sinais dos tempos: nem tudo piora!

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