Em tempos idos, eu primava por iniciar umas certas prelecções sobre "Ética" com a seguinte e provocante máxima: "Um homem não é uma puta".
Naturalmente, encontrava-me então, como ainda hoje, nos antípodas do "liberalismo".
Afinal de contas, a prostituição, justamente, é a mais antiga das profissões, o métier liberal por excelência. E paradigma.
Para quem tenha dúvidas, a título de anedota, faça a fineza de ler isto.
Como poderão reparar, a tese é antiga, quase tão antiga como a profissão: os fretes a que sujeitamos o coiro não nos conspurcam nem constrangem a psique. Em variante moderna: o que nos ocupa o cu não nos tolhe a língua. Ou ainda, traduzindo para um lema mais popular e ao nível: "olhai para o que eu digo; não repareis no que eu faço." Padre Inácio, suponho, dixit.
Por mim, não digo que as putas não tenham direito ao mercado. Respeito muito as putas, o Caguinchas é minha testemunha.
Mas há putas e putas. O critério de diferenciação, quanto a mim, sustenta-se num conceito chave: Pudor. Por incrível que pareça, há (ou pelo menos havia) aquelas que o têm. E aquelas que não.
Devo estar a ficar ultrapassado, obsoleto mesmo. Continuo a achar que, numa puta, tanto quanto um cinto de ligas, fica bem um certo recato, uma razoável sobriedade profissional. Uma certa auréola de penumbra e mistério cativa o devaneio nomadizante. Já o vir aos gritos para a rua, a vangloriar-se que a montam, à canzana e conforme calha, por valados e vãos de escada, como marketing para trolhas e camionistas poderá ser revolucionário, não discuto, mas enquanto chamariz para cavalheiros com sistemas mentais multiceluares é, no mínimo, confrangedor. E catastrófico.
É mais certo que a internem do que a fodam.
Dragão dixit.
Ó pá! Vai lá comentar...que estou farto de me rir.
ResponderEliminarOs liberais do Blasfémias, são uns pândegos! Estou farto de me rir, com os últimos postais.
ResponderEliminarehehehehe eu também. Esta foi em cheio ":O)))
ResponderEliminarque diabo, há coisas que precisam de terapia de choque. E terapia de choque pode ser esta: falar claro e com todas as letras ehehehehe
Eu, por pudor, ainda me deu para falar nas galinhas e nas raposinhas...
sou uma toina com tanto salamaleque quando simpatizo com as pessoas ":O))
Tenho estado em conversa amena com o Caguinchas, sei que sempre se aprende qualquer coisa. Quando aqui chegou, apanhou-me no vício, na blogosfera, e a sorrir. Perguntou-me logo, se já tinha lido o link? – Disse-lhe que não, que a arenga do Dragão deixa antever nitidamente os alvos e circunstâncias, em qualquer picada. E queria continuar a sorrir!...
ResponderEliminarInsistiu e a zaragata só acabou quando concordámos que ficava dispensado de ler os comentários.
Quando se despediu, olhando para mim, só me trouxe de volta o riso, quando me anunciou de viva voz que tinha renovado o contrato com o Dragão, em melhores condições, e sem limite de épocas...
Nem lhe repliquei que já sabia. Mas fingi que estava a rir!
Um abraço e bem haja.
pois eu não sou nem neo-liberal de trunfa farta ou liberal clássico de gravata apertada.
ResponderEliminarSou, com muito orgulho, Liberal de Barbearia...como aliás se pode ver por muitos posts do meu tasco
:):)