sábado, maio 21, 2005

Espancar, espancar...perdidamente.

As últimas gargalhadas que dei (e olhem que é fenómeno raro e difícil) foram à conta deste senhor gajo. Não faço a mínima ideia de quem é a boa pérfida alma. Mas que tem piada, lá isso tem. Ainda por cima, as coisas quando são espontâneas, inesperadas, têm muito mais valor. Topei-o através dum comentário neste blogue (mais uma menina com miolos [ Mulheres -10 Dragão -0]), e sinceramente, ri-me a bom rir. Até porque, finalmente, a lamechice do poema faz, pela primeira vez, sentido.

(Nota: eu até nem desgostava do soneto por aí além, mas depois que aquele coninhas merdoso do Represas se lembrou de cantarolá-lo naquela vozinha de topo-gigio empertigado, tornou-se-me intragável.)

«ESPANCAR!

Eu quero espancar, espancar perdidamente!
Espancar só por espancar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Espancar! Espancar! E não espancar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode espancar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso matá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra insultar!

E se um dia hei-de ser pó, cocaína e nada
Que seja a minha noite uma chacina,
Que me saiba perder... pra me espancar... »

Olha, ó Pita, ou Pedro Oliveira, ou Napoleão Bonaparte, ou lá quem és: Vê lá se abres um blog. Eu, pelo menos, garanto-te, vou lê-lo com toda a atenção.

Update: Primeira forma; afinal, o gajo até tem um blogue. É aqui.

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