Não precisava. Se queria homenagear-me, a melhor forma de o fazer era continuar a escrever as prosas (poesia, como já referi, contorno diplomaticamente) regra geral suculentas que por lá posta e eu, com prazer, sempre que posso, leio.
Atribuir-me um óscar, pese a excelente companhia em que me coloca, é que já não me parece tão bem alembrado quanto isso. Direi mais: gesto mais infeliz seria difícil. Considero mesmo uma desconsideração difícil de digerir. Em primeiro lugar, porque considero o elogio, sobretudo na forma de “prémio”, como a forma mais infamante de insulto. Lembra-me caninos em concurso, ou bichanos a certame. Mas isso, não sendo pouco, ainda é o menos...
O pior, e segundo ponto, este sim verrinoso, é a forma –o papel fantasia – com que se meteu a embalar a prenda: um “óscar”. Um “ÓSCAR”, ouviram bem. Dar um “óscar” a um taliban como eu, mais que injúria insanável, só pode soar a provocação capaz de desencadear a Terceira Guerra Mundial. Americanices não, caralho! Ele fez aquilo inocentemente, eu sei, mal dirigido pelo seu bom coração, leviano como todos os bons corações. Mas eu é que não tenho que arcar com os dislates do bom coração alheio, nem posso deixar passar impune a gaffe. Tenho um péssimo nome a defender, pôrra! Uma reputação à prova de virtude que muito me custou a agenciar, chiça! Se, além da humilhação, era a ruína de toda a minha auto-estima o que almejava, então devo dizer: quase conseguiu. Amigo da treta!
Finalmente, ó alma infeliz, também te equivocáste na categoria. Os únicos “ensaios” em que tenho reconhecidos méritos são os “ensaios de porrada”. Mas porrada literal e não alegórica, patadas a sério e não filosóficas.
Esmifro-me pr’aqui eu a desarrincar dos confins dos maus fígados estas barbaridades dignas dum Huno desvairado, e vens-me tu, ó Clark, com uma desfeita dessas!...Francamente.
Olha, falando curto e grosso, vai chamar “Abrupto” ao raio que te parta!...
PS: Sendo que o BOS merece o prémio de blogue de “intervençao política” (embora o termo “blague” lhe assentasse melhor), achei piada teres também dado o prémio da intervenção ao Buiça. Neste caso, presumo que deva subentender-se “intervenção” não política mas cirúrgica. Com efeito, da última vez que o li ele aguardava, já em desespero, dador para um transplante cerebral. Folgo que o tenha encontrado em tempo útil e que a operação, pelos vistos, tenha saído coroada de êxito. A medicina faz milagres. Tenho que ir visitá-lo um dia destes. Por enquanto não, coitado, que ainda deve estar em convalescença.
Dragão rebola-se a rir!...
PS 2: Dá o meu putativo óscar ao Dodo. Ele que receba e fique com os dois. Merece. Faz serviço público. Eu, o melhor mesmo é não ir aí, senão ainda incinero a audiência!...
Gaffe? Gaffe é chamar-me fralda. Marca de fraldas, ou o raio. A mim, simplérrima ave de bico adunco, e ademais extinta. Eu não sirvo para limpar o cú a meninos, ou pelo menos espero não ser, uma coisa algures entre rodilha descartável e penso higiénico para incontinentes verbais. Chiça. Já me chamaram muita coisa, mas Dodot, sinceramente, não lembrava ao careca. Caralhosmafodam. Sem ofensa, claro.
ResponderEliminarCaralho, tem toda a razão, diabos me levem! É uma puta duma gralha, ave não extinta que me infernaliza a prosa, cum raio! Queira registar as minhas humildes desculpas - misturei Godot com Dodo, puta que pariu! Um filho da puta dum lapso freudiano do caralho, é o que é! E logo em cima de si, pôrra!
ResponderEliminarIndesculpável, inexpiável! Fui um perfeito bandalho. Devo-lhe uma indemnização por danos morais e estéticos, foda-se! Estipule, que eu pago! De preferência, cerveja.
Stout. Uma grade.
ResponderEliminarO tal Buiça, Dragão...Desgraçáste o rapaz. Que crueldade!...
ResponderEliminarAT