Num país tão dado a touradas, custa a compreender o pejo que o indígena opinioso experimenta em chamar os bois pelos nomes.
Indiferente ao chinfrim da retórica, jaz o necrotério da realidade.
Leiam este artigo no "Economist" - "Mercenaries: The Bagdad Boom"
Adianto apenas algumas passagens sugestivas:
«As empresas Militares Privadas (PMCs) -mercenários, como antigamente se dizia-, são agora o terceiro maior contribuinte para o esforço de guerra, logo após os Estados Unidos e a Grâ-Bretanha (...)»
«O Iraque fez disparar as receitas das Empresas Militares Britânicas, de 200 milhões de libras antes da guerra, para mais de 1 bilião, fazendo da Segurança o esforço mais lucrativo do pós-guerra, no Iraque...»
«uma equipa de quatro ex-SAS, em Bagadad, pode custar 5.000USD, por dia...»
«O pessoal da segurança privada não-Iraquiano, contratado pela coligação ou pelos seus parceiros, não está sujeito à lei Iraquiana»
Alguns efectivos:
Global Risk Strategies - Mais de 1000
ERINYS - 14.000
Salários:
Iraquianos contratados - 150USD/Mês
Gurkas - 10 a 20 vezes mais que os Iraquianos
Ocidentais (Americanos, Ingleses, sul africanos, Australianos) - 100 vezes mais que os Iraquianos.
Guerra... Qual guerra? É só uma nova maneira de make busyness. Ou melhor, a nova fórmula "pacifista" neo-liberal: "make busyness, not war".
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