Agora que os israelitas assassinaram o líder espiritual do Hamas, Sheikh Ahmed Yassin, acenderam-se grandes polémicas na lusa blogosfera. Os de esquerda clamam contra o assassínio, os de direita rejubilam com a justiça sumária, de talião.
Alguns jornalistas, muitos ao que parece, caíram na asneira de sugerir que o malogrado Sheikh era um resistente, e não um assassino desvairado e psicopata, culpado do massacre frio e metódico de centenas de judeus inocentes, entre os quais várias mulheres e crianças de colo. Este claro atentado à verdade, do ponto de vista dos garnizés destrofílicos, gerou nestes um clamor de indignação que só visto (isto, porque se pudessemos ouvi-lo no écran seria ensurdecedor).
Devo dizer-vos: aquele ancião tetraplégico que semi-vegetava agrilhoado a uma cadeira de rodas devia ser um tipo realmente perigososíssimo. Para os israelitas, gente caridosa, se terem dado ao trabalho de montar toda uma operação sofiticada para lhe acertar com um míssil, não era certamente nenhum mija-na-escada ou pilha-galinhas.
Não sei se era um assassino. Era, tudo o indica, um lider. Hollywood nunca fará dele um herói.
Eu, no lugar dele, a esta hora, não me sentiria assassinado, mas pura e simplesmente liberto.
Parece que a especialidade ou fatalidade dos hebreus sempre foi matar profetas.
Quanto às polémicas, por cá, só me ocorre mais uma coisa: Diante da morte e dos mortos, os homens deviam distinguir-se dos chacais.
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