quinta-feira, julho 27, 2023

sábado, julho 22, 2023

Inoxidável e inconveniente

 Uma das características intrínsecas da verdade: é inoxidável. Não enferruja nem se dissolve com as sucessivas vagas de vento e chuva. Dmitry Orlov debita alguns exemplos bem óbvios e inconvenientes da espécie.  Aliás, eis outra das essências da verdade (sobremaneira nestes dias que escorrem): a Inconveniência.



Por isso passam a vida a tentar enterrá-la e cobri-la com lixo e detritos, à verdade. Mas como não oxida... 

segunda-feira, julho 17, 2023

Ocaso oxidental

 Digamos deste modo: Deus (ou o Divino, para sermos mais abrangentes através dos milénios) é o objecto natural da crença. Não vou batalhar que isso está muito bem, muito mal ou mais ou menos: é assim. O Homem desenvolve uma religião como desenvolve uma anatomia, uma família, tribo ou instrumentália. Mostrem-me uma cultura, ao longo dos séculos, em qualquer latitude do planeta, onde os indígenas não tenham desencantado uma religião - isto é, uma relação com o divino - e eu ofereço-vos uma viagem interestelar, com estadia e tudo pago, durante um mês, no melhor hotel da galáxia Andromeda.

Também sobre a qualidade, superioridade ou verdade das religiões não me compete, nem interessa, aqui, esquadrinhar. Esta não é uma investigação ou manifestação de índole "religiosa". É apenas  a crença, enquanto crença - isto é, enquanto natureza psicológica humana - que me convoca. Ora, quando Chesterton, na sua célebre (e justa) proposição proclama que "quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa", está, precisamente, a colocar a questão no plano desse "instinto ou vocação natural" para a crença. Se lhe retirarmos o seu curso e destino natural, ele desvia-se para fancarias e artifícios de conveniência, contrafacção ou recurso. É notório, naquilo a que se chama, hoje em dia, Oxidente, que a crença em Deus recua significativamente, enquanto, por lógica implícita e intrínseca, a crença em tretas, de conveniência e verosimilhança duvidosa, aumenta. Acredita-se no apocalipse global por uma série de factores bombeados ad nausea pelos megafone de serviço - aquecimento, pandemia, flato bovino, etc; acredita-se na "democracia" (arque e telos de todas as coisas, redentora do céu e da terra); acredita-se - piamente! - nas notícias mais contraditórias e inverosímeis, algumas mesmo descabeladas de todo, desde que passevitadas pelos mass-media sacrossantos; acredita-se na última moda em matéria de revisão do passado; acredita-se na "ciência" por via do milagre da multiplicação das próteses, pinchavelhos e tecnobugigangas; acredita-se na panaceia farmacológica; enfim, acredita-se em qualquer pastor evangélico de vão de escada e em qualquer bibliofania de carregar pela boca que, no fundo, é o que todos esses epifenómenos, na essência e recorrência, protagonizam.

Todavia, sobressai uma ironia trágica em todo este circo ambulatório: é que à medida em que o "instinto religioso" se degrada e achincalha a Oxidente, também de mãos dadas com ele, se atrofia e definha a olhos vistos o próprio Instinto de Sobrevivência. Como se a relação com o Divino constituísse, no Homem, uma manifestação e exercício de Vitalidade; e o seu abandono ou desprezo, fatalmente, um sinal de submissão ao estertor e à morte.

Assim, quando se enuncia ou evoca "civilização ocidental", em bom rigor, significa-se o "ocaso da civilização". Culturicídio em larga escala.

sábado, julho 15, 2023

Da geogonorreia global (e o seu principal agente patogénico)



 « Military, for the United States, is different from what the word ‘military’ meant in every other society from the beginning of time. When you say military, you think of an army fighting. You cannot conquer a country without invading it, and to invade it, you obviously need an army, you need troops. But the Americans can’t mount an army, of enough size, to occupy anybody except Grenada, or Panama, because the Vietnam War stopped the military draft. What America does have, what it calls military, is what you quite rightly linked it to: the military industrial complex. It makes arms. And weapons.

But again, these are a funny kind of weapons. Suppose you had a winery that made wine that was so good, that really wasn’t for drinking. It was for wealthy people to buy, and to trade. And as the years go by, the wine would turn to vinegar. It’s not wine for drinking. It’s wine for making a profit, a capital gain.

Well, you can say the same thing about America’s military arms, as we’re seeing in Ukraine right now — or as President Biden calls it, Iraq. The arms, basically, are there to create a huge profit for Raytheon, and the other companies in the military industrial complex. They’re for buying, and they’re for giving to the Ukrainians, to let Russia blow them up.

But they’re not for fighting. They’re not for winning a war. They’re for being used up, so you have to replace them now, with yet new buying. And so the United States State Department has asked Germany and other European countries, well, you’d promised to pay 2% of your GDP on military arms to enrich our military industrial complex.

But now that we’ve given all these tanks and missiles away – Russia just blew up 12% of all the tanks in just one week – so we only have a few weeks left to go before they’re all wiped out. Because they really don’t work on the battlefield. They’re not for fighting, they’re for being blown up. Now we want you to actually increase your spending to 4%, to replenish all of the stocks, you’ve just depleted, 10 years, maybe 20 years, of your arms stocks. And you have to now replenish them very rapidly, in order to meet the NATO targets, that we and the State Department, have set. So military today isn’t really how you control other countries. America’s found it much easier to do this by financial mechanisms.

You conquer a country financially, you conquer a country by getting it to submit to austerity programs by the International Monetary Fund, again, to impose austerity, to keep its local wages down. So you use finance as a means of imposing post-industrialization and depression, in order to prevent democracy from developing.

So any country that is seeking to promote a democracy by public spending on basic infrastructure, or banking, like China is doing, is called an autocracy. And every autocracy that has imposed a client oligarchy, to fight against labor, and to prevent these policies that would help enrich and industrialize the economy, is called a democracy, not an autocracy.

So we’re back in the Orwellian logic to describe a situation, that probably even the cynical George Orwell, would not have thought could go quite this far.»

 - Michael Hudson (numa entrevista algures)



Dum modo geral, são verdades evidentes e empiricamente demonstradas no pós-capitalismo (ou financeirismo de ponta, como preferirem). Apenas me ocorre um brevíssimo reparo à seguinte frase: "So you use finance as a means of imposing post-industrialization and depression, in order to prevent democracy from developing."

Ora, eu entendo, baseado numa sólida  observação empírica de meio século, com acento especial nos últimos vinte, que a "imposição de desindustrialização e depressão" não impede o desenvolvimento da democracia. Bem pelo contrário, a "imposição a martelo e por inoculação forçada" da "democracia" é que impede o desenvolvimento saudável - entenda-se natural - dos diferentes povos, culturas e nações. Por conseguinte, e sobretudo na actualidade, a imposição da desindustrialização e depressão não constitui obstáculo, mas funcionamento premeditado... Da tal Democracia de faz de conta (e por conta).

Sou então anti-democrata dos quatro costados?

Não sou nem nunca fui lá muito anti o que quer que seja. Pauto-me e recomendo, para quem aceite um conselho, pelo equilíbrio, pela justa medida. Importa pois inquirir o que significa "democracia". Como com todos os conceitos, sobretudo aqueles de conveniência e arremesso, existe a democracia enquanto abstracção; e a democracia enquanto modo concreto de administração política.

A democracia, enquanto abstracção, poreja virtudes e vantagens deslumbrantes, bem como confortos e maravilhas do outro-mundo (e apenas não diria do "melhor dos mundos" porque se trata antes, e apregoadamente, do "menos mau de todos eles", ou seja, o inferno terreal em modo e poção digesta. Fora da democracia, explicam-nos ininterruptamente, é só fel e azedume a todas as horas, sem qualquer paliativo ou edulcorante artificial). De resto, mesmo enquanto abstracção, a democracia, entre liberal e popular, aufere dessa diferença reveladora: nos populares vende-se o "paraíso terreal" em versão revista e aumentada; nos liberdadeiros bufarinha-se o "inferno terreal", em modelo garantido mas climatizado. Ambas dispensam Deus e babelizam ao desbarato. 
Depois, e como contrapartida, existe a democracia em concreto, nos seus diversos casos, latitudes e ocorrências. E o que se verifica, invariavelmente, é que a bota não bate com a perdigota: a democracia na realidade contende e marimba-se para a democracia em abstracção, tripudiando, degradando e refocilando a seu bel-prazer. Na variante popular, o paraíso é só a montra do inferno; na variante liberal, o inferno é traficado como a cura e superação do paraíso.  Entre os amanhãs que cantam e os amanhãs que choram, o otário vive a empenhar o presente para pagar, com juros infinitos e imarcescíveis, os eternos e fictícios erros  em falsos contratos promessa do passado (vulgo letras ao portador em branco). 
Poderemos - e devemos - obstar a ambas que não passam de expedientes que, sob os ouropéis da utopia peregrina, apenas procuram instalar uma forma concreta e rasteira de opressão e exploração do pagode otário. Só que preparemo-nos: a justa e legítima objecção ao concreto particularmente psicopata e obsceno terá como resposta a acusação de lesa-abstracção e o auto-de-fé, sumário e inapelável, em subsequência. Cancela-se hoje como antigamente se queimava. Duvidar do concreto é incorrer na monstruosidade dolosa perante a abstracção; criticá-lo, ou pior que isso, denunciá-lo na sua imunda parada pelo mundo equivale à nova heresia e blasfémia por atacado. É que há todo um lixo concreto e fazer-se pagar, sobretudo em termos de indemnização penal, como abstracção de ouro.
Voltando à questão, sou então antidemocrata? Bem, ninguém me convence do contrário:  (a tal "democracia") deve ser evitada como qualquer doença infectocontagiosa sobremaneira virulenta, mescla de mental e venérea. Atentem, a título de exemplo comprovativo, no nosso velho e amado  Portugal... No seu deplorável estado hodierno, cambaleia e balbucia entre a demência senil incontinente e o escantamento político a pedir zaragatoa. De urgência.

sexta-feira, julho 14, 2023

Mais que legítima defesa...

 

«Rússia: os deputados adoptam lei contra pessoas transgénero»



É caso para dizer que até estou de acordo. É, realmente, mais um surto de medidas conservadoras: conservadoras da espécie, da sociedade e da humanidade em geral, russa em particular.  Aproveito para referir, com sublinhado e negritado,  que todas as medidas contra a "comunidade LGBT+" (ou contra quaisquer sociopatias em geral) me parecem do estrito domínio da necessidade, ou seja, dum âmbito muito mais vasto e fundo do que a própria razão. Até porque obedecem a um instinto, muito mais do que a uma mera lógica -  o instinto poderoso e determinante que prevalece a tudo desde o início dos tempos e da própria vida humana: o Instinto de Sobrevivência. 

A pergunta do milhão de dólares é porque á que o "oxidente" perdeu esse instinto essencial? Ou seja, a que propósito é que deveio, em concreto e absoluto, na linguagem canina da anti-civilização,  um death-cult?... 

Estou certo que os meus leitores, pessoas argutas e inteligentes, saberão elucidar-me.


segunda-feira, julho 10, 2023

A Bênção da Neutralidade

Juntamente com Jacques Baud, Bernard Wicht é uma das vozes a escutar com atenção... Da Suiça - apesar de tudo - neutral. Abençoadinhos sejam!





sábado, julho 08, 2023

Rádio Televisão & Petas

 



Segundo a nossa televisão estatal (e as privadas em coro) tratou-se apenas dum ataque falhado (mais um) dos mísseis russos, que apenas lograram exterminar um orfanato desprevenido. 

Podres mas bons

 O Enchido Costa deve escolhê-los a dedo, dirão os mais sarcásticos. Todavia, suspeito bem, não é bem a dedo: é mais pelo odor. Sem o adocicado aroma a putrefacção, não presta.

Adenda: certamente inspirados no "Fantasma de Kiev", o Titterington e a sucessora na suculenta pasta da  "(In)Defesa" parece que apostaram fortemente em "assessores fantasmas" e outras eminências pardas espectrais. Tire o cavalinho da chuva quem alguma vez pense que o Titterington possa ser beliscado. O fulano é inexpugnável. Tem um bafo prottector muito poderoso. Do estilo Orelhudo dos Santos na RTP.

terça-feira, julho 04, 2023

Militares a dias

 Sobre essa questão da tropa a martelo, ou marcelo, ou o raio que o parta...

Vou ter que me acalmar e tentar digerir isso sem responder, como merece, com uma catadupa de obscenidades e impropérios. Acho até que vou pedir ao Ildefonso para que comente ele, em vernáculo lusitano.

Entretanto, deixo apenas uma achega sumária: convém que Sua Excelentíssima Nulidade comece por dar o salutar exemplo. Ele e os generais de pacotilha que segregaram a ideia. Aliás, se calhar até ficávamos todos a ganhar, sendo certo que pior servidos não amanhecíamos. Ou seja, com carácter de urgência e supra-desígnio nacinhal, que a presidência da república e, sobretudo, o generalato pimba, sejam de imediato oferecidos a imigrantes. De preferência daqueles sem qualquer tipo de experiência militar, habilitações literárias de nenhuma espécie, e domínio da língua portuguesa abaixo de zero.  Se tiverem cadastro criminal (podem até ir garimpá-los nas penitenciárias ou gangues de subúrbio) tanto melhor. Em suma, e num requinte de zelo e discriminação altamente positiva, que os eticamente analfabetos cedam lugar aos foneticamente disfuncionais. Ao menos não temos que aturá-los a debitarem inanidades e coprolérias a todas as horas. Concedem-lhes a nacinhalidade  a troco do serviço doméstico mili qualquer coisa? insisto: A nacinhalidade é pouco!, dêem-lhes logo a presidência da república e os Taxos-penicos Maiores das  três armas. Se é para desbaratar o nada que resta, nada de forretices!...

domingo, julho 02, 2023

As armas da Ucrânia e as Black-operations

 


A novilíngua  prossegue a bom ritmo. Agora motins e tumultos armados na via pública, mais pilhagens e vandalismos a esmo, quando praticado por "europeus de importação", são "protestos". Qualquer dia vou ali ao banco, de arma na mão, protestar. Também tenho alguma dificuldade em compreender (wink, wink...) porque é que os protestantes não protestam directamente nas figurinhas dos títeres de serviço (vulgo políticos, jornalistas e magistrados, passe a redundância).

Mas o mais interessante - e evidente - da coisa é que tudo isto está a ser devidamente manipulado e "organizado" pelas anglo-agências do costume. E pôr a larga comunidade judaica a cavar, assustada, para Israel também não é providência de somenos. Para o efeito, as células adormecidas e implantadas do ISIS, mais o armamento para a Ucrânia - em saldo, revenda e belorregia lateral, no dark-market e na intelligence shop - desencadearam e cavalgam o circo. Mais uma revolução colorida? Se pensarmos que o negro é a ausência de cor, será uma "revolução descolorida", se tanto.  

A solução? Que se fodam. Têm o que merecem. 

PS: Num país a sério, os páras da Legião já estariam na rua com ordem para abrir fogo a eito. Um banho de sangue? Para grandes males, grandes remédios. Mas, também, num país a sério jamais aconteceria uma bandalheira destas.

sábado, julho 01, 2023

O Oxidente no Ginásio da Democracia

 


Ao contrário da fragilidade e melancolia putiniana, no oxidente impera a força e a determinação robusta dos musculosos e formidáveis líderes. Autênticos Hulks da santa democracia!