quinta-feira, novembro 11, 2004

Este é um blogue em vias de extinção!...

12 comentários:

Bruno Santos disse...

Calma aí, ó Dragão! Isso é lá coisa que se diga... Em vias de extinção...?! O seu blogue é de interesse público. Reduza a frequência dos escritos, se necessário for, mas não nos abandone. Precisamos da sua chama.

zazie disse...

Tu não me faças essa desfeita, ó sô Dragão. Olha que eu, ao recomendar blogues à Cris, até disse uma heresia: mais do que sentir a falta da Janela era tu desapareceres da blogosfera. Palavra que disse uma coisa destas e verdade que sinto muita falta de mandar posts para a Janela... Mas este espacinho de ideias é uma preciosidade. Olha que, assim de respente, no género não conheço mais nenhum!

O Corcunda disse...

Ficamos mais pobres... Vá lá, só um postzinho por semana!

zazie disse...

mesmo um de 15 em 15 dias e, pelo meio, uma indicação bibliográfica ";O))
vá lá...

Anónimo disse...

Caramba! Olha que carago! Assim, sem avisar? Raios partam isto, já!
Então agora só teremos o Godot para vociferar contra a imbecilidade instalada? (Sim, que os Matamouros já não são o que eram: aquele Blasfémais nunca me convenceu!)
Então agora, está-se mesmo a ver, em vez de chama vamos ter "amorfos"... Digo eu - que em abono da verdade, me arrepio com as colecção de "caloum-eh" deste "dragoum-eh" e raras vezes vi ser mitológico tão "téipico mermo própio e clásséico du nuárte, pá"! - e que até me irmanava em tantas "quenclusõezes". Raios me partam, então não pode só "iscrebêr" aqui umas achegas de vez em quando? Pense lá nisso e diga coisas, "ma' num deixe de cunbersar aqui c'o pobo céltico-portuense". E "prontos", tá dito, tá dito. "Bocê beija bem o que bai fazer, hã? Olhe c'a gente "num le merecia isto"... Carago, pá!

Inês (pois é, às vezes leio, embora o calão me faça urticária...)

;0)

zazie disse...

Quais Mouros, “quais” Godots, “quais” carapuça que há por aí coisas muito boas mas não se comparam a esta mistura de filosofia com blasfémia literária de franco-atirador. Que diabo, em 3 anos de blogosfera só conheci 2 pessoas com quem consigo partilhar pontos de vista (e que me desculpem todos os outros com quem me entendo em mil e outros assuntos): o José da Grande Loja e aqui o malandro do Dragão, (à parte aquela pequena diferença em relação aos americanos “:O)))

E tirando o mundo virtual também se contam pelos dedos de uma mão ... “:O.

Mas na blogosfera o brilhantismo desta escrita e a brutal liberdade da inteligência é ímpar. E mainada “:O)))

josé disse...

Agora não tenho tempo para me estender em considerações.
Mas não perdes pela demora!
Entretanto, se é pela audiência, não te aflijas muito. Um blog tem sempre muito pouca gente que lê. Mesmo que muitos o visitem, parece-me a mim- que nunca levei isto muito a sério.

zazie disse...

josé, eu também nunca levei nada a sério esta historieta dos blogues. Mas acredite que fiquei parva com a quantidade de pessoas que liam e lamentaram o fim da janela. Nenhum de nós tinha a menor noção...
Mas o Dragão só não é lido por quem não sabe ou por quem é parvo.
Bloger que não venha ao Dragoscópio é bloger em défice
":O)))

C disse...

Espero sinceramente que o amigo (se me permite a familiaridade) não esteja a falar a sério, ou que se trate apenas de metáfora. A ser o caso, como espero, acharei boa a pilhéria.

001

Anónimo disse...

Por S. Jorge, esperemos que não.
;)
A

josé disse...

Porque é que não levo isto a sério:

Um blog serve para escrever e publicar imagens, alusões, opiniões, cópias, fazer redacções,informar uma ou outra coisa, desabafar num momento de fúria ou de descontracção.
Serve essencialmente para comunicar algo quando essa é a vontade do blogueador.
Quando venho aqui ler e escrever, aprecio antes do mais a originalidade do tema; a originalidade da escrita; a beleza da escrita rebuscada e que aprecio, principalmente se for "tong in cheek" que para mim é a tonalidade certa na escrita de opinião.
Ninguém pode assomar a uma janela e proclamar que a sua voz é a da razão e da única razão. Mesmo que o seja. Principalmente porque pode muito bem não o ser.

COntudo, raramente, num blog, fico deslumbrado pela qualidade arrebatadora de uma obra de arte de escrita em formato condensado.
Basta-me, por isso, a qualidade efémera de um escrito brilhante. E por aqui, abundam escritos dessa qualidade, onde se acrescenta por vezes a essência de uma ideia original e que mostra pistas para patinar noutros níveis. Isso, para mim, torna o blog importante, mas continua mesmo assim, a ser dispensável para quem lê.
Qualquer blog, dos que conheço, é dispensável para quem lê. Mas pode ser indispensável para quem escreve e publica.
É neste equilíbrio que se deve manter a produção bloguística: independência em relação a quem lê.
Assim, manter-se-á o único estímulo válido para escrever num blog e que a meu ver é a estrita necessidade de comunicar o que se pensa, sente ou se precisa de transmitir, mesmo que não haja alguém a ler.
Parece um paradoxo, mas algures existe uma chave que impede o efeito. E essa chave reside na humildade intelectual de não ligarmos muito ao que dizemos ou pensamos em opinião livre.Mesmo que estejamos convencidos que estamos certos- e por isso e escrevamos.

Sou pouco conhecedor de artes de escrita. O que aprecio, aprecio mesmo e ponho nos píncaros.
Por exemplo, há quem não aprecie TOm Wolfe. Eu, por mim, acho genial. COmo acho o Umberto Eco. Opiniões. Se a escrever num blog e ninguém ler, não me importa muito. Basta que o tenha escrito e afirme assim uma opinião.
Chegando a fim desta escrita-fleuve, que resta dizer?
Que vale a pena escrever e publicar opiniões, para nos obrigar a reflectir sobre as nossas próprias ideias. Isso, mesmo que seja só isso, já chega para justificar um blog, mesmo que o não leve a sério, pelos motivos expostos.

Um abraço ao Dragão, pois esta circunstância de descobrir alguém com quem se simpatiza por via da escrita, já é outra das particularidades positivas dos blogs.
Tal como a Zazie dizia, é agradável desembainhar argumentos de complemento ou de concordância sempre que lemos algo de familiar com ideias que nos são caras.
Descobrir a génese dessas ideias é para mim, além do mais, um desafio pessoal.
No outro dia, fui ver um filme fantástico que recomendo vivamente: Diários de Che Guevara. É uma paráfrase sobre a amizade e o idealismo. É um tema que a mim me é muito caro. Em 1952, ano da acção do filme, as ideias não se exprimiam em blogs. Mas as pessoas, os sentimentos, a linguagem, os valores, não diferem muito, a não ser neste último capítulo. Os valores, de facto, mudaram um pouco. O idealismo que sustenta a preocupação com os outros, ainda não desapareceu de todo, por muito liberalismo selvagem que se veja por aí, a saltitar.
Mudam as referências; mudam as receitas pré-cozinhadas; mudam as técnicas, mas permanece o essencial: aquilo que um poeta sintetizou um dia, num escrito bem rimado:
"Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida..."
E por aí fora.

takitali disse...

Só hoje arrisco um comentário. Bem haja por continuar! Por estar. Grato pelo que me diz respeito. Deixe o "...em vias de extinção!..." para o dia das touradas com "forcadas" não se esqueça que antes disso teremos que lá ir os dois!... (já recuperei o camuflado)